quarta-feira, 27 de março de 2013

Amarração de cargas


Workshop ensina técnicas para transportar produtos sem que sofram danos.
Cordstrap do Brasi l promoveu seu primeiro Workshop sobre Amarração de Cargas no dia 14 de junho de 2012, no Terminal da Adezan, em São Vicente (SP). O principal produto apresentado durante a exposição foi a cinta Cordlash, atestada pelo Germanischer Lloyd (GL), entidade que oferece certificação internacional dos sistemas de gestão da energia conforme a ISSO 50001:2011. O evento foi conduzido por Marco Muilwijk, diretor técnico de treinamento da Cordstrap Holanda, especialista no  assunto e autor de uma guia técnico sobre as cintas Cordlash (“The Cordlash – Quick Lashing Guide.Intermodal Transport by road, rail and unrestricted sea areas”). 

O palestrante contou com o auxílio de Egídio Melotto, diretor da Cordstrap do Brasil, que fez a tradução durante as explicações do especialista. “Um cabo de aço novo oferece segurança e eficiência de 80% em relação ao reutilizado, que pode ter apenas 30%. Cintas de tecidos oferecem 50% de segurança. Nossa pretensão é produzir, até 2014, um tipo que garanta 70%”, explica Marco Muilwijk. O diretor continuou explicando que, durante o transporte, as cargas perdem a tensão, o que pode tirar sua fixação. O ideal é utilizar a fivela para cargas dinâmicas, que mantém a carga no lugar, pois ela própria se tensiona e exerce pressão suficiente. “Como dizem: ‘a medida que a carreta anda as melancias se acomodam’.
Uma catraca normal exerce de 160 kg a 318 kg de tensão, mas isso depende do braço da alavanca, pois precisa ser o maior possível e manter a carga no lugar. As cintas se parecem com ‘cordas de violino’, se a carga estiver bem estivada”, completa Marco.

Em contrapartida, as fitas de poliéster oferecem vantagens, por serem mais seguras, fáceis de usar, rápidas, terem um sistema de força definida e absorvem o choque. Assim como nos cabos de aço, não se pode dar um nó na cinta, pois ele acaba se rompendo.
A unitização de cargas é um princípio básico da logística, no qual se torna um bloco de caixas, com o objetivo de permitir sua movimentação mecânica. Por isso, optar por uma amarração adequada, contribui para manter todas as cargas como se fossem uma apenas. O especialista recomenda a utilização do airbag, como uma alternativa para manter a carga alinhada e evitar danos. Basta inserí-lo entre as cargas e o coeficiente de atrito é aumentado, deixando a carga “entalada” dentro do contêiner. Temos a força da gravidade (a vontade da carga se mexer), mas o atrito absorve esse movimento e o contêiner, o produto. A madeira, que deve estar sob a carga, precisa ter boa resistência.
O que colabora é a existência do atrito e a cinta completa a segurança da carga. Um forma de amarração que o especialista não recomenda a “Tiedown” (amarração envolvente), por ser método menos eficiente, além de consumir mais elementos de amarração.
Apesar do conceito de que a carga é forçada contra o piso do contêiner, por exemplo, esse tipo de amarração não é o mais seguro.
“Caminhoneiros não estão se preocupando com as formas de amarrar a carga. Em rodovias montanhosas e com muitas curvas, há sérios problemas com as cargas saindo pelos lados. Basta fazer uso de várias opções do sistema de amarração de cargas. Em nosso site www.cordstrap.net, disponibilizamos vídeos demonstrando amarrações mais eficientes. Escolha sempre a opção mais segura”, diz Marco Egídio Melotto, diretor da Cordstrap do Brasil, conta que a Astro Tecnologia fez uma parceria com a Cordstrap BV para criar a joint venture Cordstrap do Brasil. O workshop teve como objetivo transmitir conhecimentos e técnicas de amarração definidas internacionalmente pela ONU (Organização das Nações Unidas) por meio de sua agência especializada IMO (organização marítima internacional).
“A intenção da empresa é transmitir conhecimentos para conquistar clientes.



As técnicas são desenvolvidas, testadas e divulgadas para o usuário. A Adezan tem a mesma filosofia da Cordstrap e aplica a técnicas desenvolvidas. Foram convidadas 35 pessoas, mas 60 participaram.
A repercussão do workshop foi grande e isso significa que as pessoas estão ávidas por conhecimento”, afirma Egídio.
A Adezan surgiu de uma empresa de embalagem, na década de 1980. A empresa continua trabalhando com esse tipo de produto, mas, hoje em dia, atua com estufagem e peação de carga (amarração da carga no contêiner e no flatrack). Atende a clientes no segmento de roupas e vidro, entre outros, em boa parte do território nacional (RS, PR, SC, RJ, MA, ES e SP). Emprega mil colaboradores entre os armazéns e fábricas.

Buscando expandir seus negócios, tem duas fábricas (uma próxima a Rodovia Raposo Tavares e outra em Caçapava, ambas em SP) e três armazéns logísticos (um terminal retroportuário redex em São Vicente – estrategicamente localizado próximo ao porto e fora do fluxo maior do porto - e outros dois em Araçariguama, SP). “Percebemos as necessidades de também consolidar a carga. Já usamos material Cordstrap.
Por isso, apoiamos esse workshop para apresentar o produto e sua aplicação. Se alguma carga cai na estrada e alguém sofre algum acidente, com certeza foi provocador pelo erro de algum profissional de logística.”, declara Osnir Zanardo, gerente operacional da Adezan.

Fonte: http://www.imam.com.br/consultoria/index.php?option=com_docman&task=doc_details&gid=106&Itemid=13


domingo, 24 de março de 2013

Onde localizar os centros de distribuição?



Quando se trata de escolher um local para um centro distribuição, vários fatores afetam a decisão.

A estratégia de distribuição de cada empresa é diferente, porém no processo de decisão de onde localizar seu centro de distribuição, vários atributos principais da cadeia de suprimentos precisam ser avaliados inicialmente. São eles:

Localização na cadeia de suprimentos
A localização geográfica tem uma influência muito importante nos problemas de distribuição da cadeia de suprimentos. Se a sua função for a de executar atividades logísticas primárias, por exemplo,  alimentar o estoque gerenciado pelo fornecedor em uma grande instalação de manufatura, a necessidade principal será a de localizar o centro perto de seu cliente. Entretanto, se o centro for destinado a finalidades logísticas secundárias, por exemplo, distribuir produtos acabados para um mercado de consumo em massa, sua localização será mais direcionada pela necessidade de uma centralização geográfica.

Perfil de distribuição dos clientes
Seguindo a partir deste ponto, o perfil de distribuição dos clientes é de suma importância para a  localização de um centro de distribuição.
Isto pode significar uma centralização geográfica, embora nem sempre seja o caso se o perfil de distribuição dos clientes for global (por exemplo, uma operação de peças de reposição de tecnologia médica). A conectividade  de um aeroporto, por exemplo, pode ser o requisito dominante, mais do
que a sua localização física.

Tipo de produto que está sendo embarcado
Isto é importante tanto do ponto de vista dos atributos físicos de um produto quanto do valor intrínseco.
Se forem embarcadas embalagens pequenas, a localização ao lado de um centro de encomendas ou aeroporto será importante. Para produtos de maior volume ou de menor valor, a localização em um entroncamento viário ou nas proximidades de um porto marítimo pode ser mais importante.

Níveis de serviço necessários ao cliente
Em setores que têm a oferecer a seus clientes um nível elevado de serviço (como no mercado pós-vendas), o atendimento de pequenas janelas de entrega tem um grande efeito na estrutura de uma rede de distribuição.
Isto pode exigir uma rede de locais de estoque de campo/encaminhamento próximos do cliente,  reabastecidos por centros de distribuição nacionais ou regionais. Uma vez identificados estes atributos ‘primários’ da cadeia de suprimentos, um sistema de subsidiárias pode ser priorizado e ‘avaliado’ em importância.
Estes fatores envolvem:

Conexões aéreas. Onde os volumes incluam cargas aéreas, a proximidade a um aeroporto é claramente importante. Entretanto, nem todo aeroporto é possível, já que a possibilidade de conexão é essencial. Tanto quanto o número de rotas distintas, a frequência dos voos tem que ser levada em conta, além de outros fatores ambientais em potencial, tais como a proibição de vôos noturnos.
Para embarques com alta densidade de valor, a necessidade de uma proximidade com um centro expresso aéreo internacional tem levado as operações de peças de reposição, varejistas, empresas de alta tecnologia, etc. a se agrupar em torno de aeroportos.

Conexões marítimas. Problemas semelhantes de conexão existem no frete marítimo. Tanto quanto o número de rotas disponíveis a partir de um porto marítimo, a alocação da frota (número de navios), a capacidade de carregamento de contêineres (número de TEUs) e o número de empresas de navegação são fatores importantes.
Boas conexões entre portos são apenas parte da equação. A eficiência das cargas e descargas e os congestionamentos dentro e ao redor dos portos tornaram-se fatores importantes nos últimos anos, dado o aumento dos volumes de embarques globais.

Conexões por estradas. Para a maioria dos fabricantes ou varejistas, as conexões por estradas são o fator modal mais importante na localização de um centro de distribuição, influenciando no acesso e no tempo até o mercado.

Fatores não modais
Em geral onde existe pouca opção entre locais com base no transporte, as decisões são tomadas através de uma combinação dos seguintes fatores:
a. Custo dos aluguéis, dos terrenos e da construção: os custos dos aluguéis, da compra e da construção da armazenagem de distribuição variam consideravelmente mesmo ao longo de distâncias  relativamente curtas.


b. Mão de obra: a mão de obra é um fator cada vez mais importante na localização de um centro de distribuição. A legislação em alguns países tornou a força de trabalho significativamente menos flexível que em outros. Como várias centenas de funcionários podem ser empregados em qualquer centro, é essencial garantir a capacidade de contratar e demitir funcionários durante as altas e baixas sazonais e cíclicas.
A disponibilidade de mão de obra também é importante. Onde há pleno emprego, os custos necessários para contratar aumentam consideravelmente – e em alguns casos é impossível recrutar pessoal de boa qualidade. O emprego na armazenagem e nos centros continua não atrativo para muitas pessoas e, consequentemente, as empresas muitas vezes têm que recorrer a salários maiores ou outros benefícios, tais como treinamento e qualificação. Outros fatores envolvidos na localização dos centros de distribuição incluem a flexibilidade e a eficiência dos regimes alfandegários, além da disponibilidade e da qualidade de um grande número e variedade de provedores de serviços logísticos.
Em termos de localização dos centros de distribuição, existem vários fatores que afetam a decisão do local. Fatores importantes incluem a infraestrutura de transporte existente, salários e benefícios, proximidade com os portos, aeroportos, centros ferroviários, clientes e fornecedores, disponibilidade e flexibilidade da mão de obra e custos dos imóveis. Os incentivos do governo também são importantes.


domingo, 17 de março de 2013

Painel solar fotovoltaico



Painel Solar.
Painéis solares fotovoltaicos são dispositivos utilizados para converter a energia da luz do Sol em energia elétrica. Os painéis solares fotovoltaicos são compostos por células solares, assim designadas já que captam, em geral, a luz do Sol. Estas células são, por vezes, e com maior propriedade, chamadas de células fotovoltaicas, ou seja, criam uma diferença de potencial elétrico por ação da luz (seja do Sol ou da sua casa.). As células solares contam com o efeito fotovoltaico para absorver a energia do sol e fazem a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas.[1]
Atualmente, os custos associados aos painéis solares, que são muito caros, tornam esta opção ainda pouco eficiente e rentável. O aumento do custo dos combustíveis fósseis, e a experiência adquirida na produção de célula solares, que tem vindo a reduzir o custo das mesmas, indica que este tipo de energia será tendencialmente mais utilizado.[1]

[editar]Teoria e Construção

Uma célula fotovoltaica.
Veja o artigo célula solar para uma descrição da conversão da energia da luz emenergia elétrica.
silício cristalino e o arsenieto de gálio são os materiais mais frequentemente utilizados na produção de células solares. Os cristais de arsenieto de gálio são produzidos especialmente para usos fotovoltaicos, mas os cristais de silício tornam-se uma opção mais econômica, até porque são também produzidos com vista à sua utilização na indústria da microeletrónica. O silício policristalino tem uma percentagem de conversão menor, mas comporta custos reduzidos.[1]
Quando expostos à luz direta de 1 AU, uma célula de silício de 6 centímetros de diâmetro pode produzir uma corrente de 0,5 ampere a 0,5 volt, ou seja, cerca de 0.25 watts. O arsenito de gálio é mais eficiente. [carece de fontes]
cristal depois de crescido e dopado com boro, é cortado em pequenos discos, polidos para regularizar a superfície, a superfície frontal é dopada com fósforo, e condutores metálicos são depositados em cada superfície: um contacto em forma de pente na superfície virada para o Sol e um contacto extenso no outro lado. Os painéis solares são construídos dessas células cortadas em formas apropriadas, protegidas da radiação e danos ao manusear pela aplicação de uma capa de vidro e cimentada num substrato (seja um painel rígido ou um flexível). As conexões elétricas são feitas em série e em paralelo, conforme se queiram obter maior tensão ou intensidade. A capa que protege deve ser um condutor térmico, pois a célula aquece ao absorver a energia infravermelha do Sol, que não é convertida em energia elétrica. Como o aquecimento da célula reduz a eficiência de operação é desejável reduzir este calor. O resultante desta construção é chamado painel solar.[2]
Um painel solar é um conjunto de células solares. Apesar de cada célula solar fornecer uma quantia relativamente pequena de energia, um conjunto de células solares espalhadas numa grande área pode gerar uma quantidade de energia suficiente para ser útil. Para receber maior quantia de energia, os painéis solares devem estar direcionados para o Sol.[2]

[editar]Produção mundial de energia solar

Radiância solar média (W/m²). Nota que este valor corresponde a uma superfície horizontal. Os painéis solares são normalmente dispostos obliquamente, recebendo assim, mais energia. Os pontos negros representam a área necessária para satisfazer as necessidades de energia primária do mundo inteiro.
Estima-se que o total da potência de pico instalada em painéis solares tenha sido da ordem dos 8 GWp (gigawatts-pico) A tabela seguinte compara a capacidade instalada total com a instalada só em 2007. O total de instalações ligadas à rede elétrica estão separadas das instalações isoladas. A tabela também mostra a capacidade instalada per capita, assim como o preço por watt-pico e o valor pago pelos estados como incentivo à produção de eletricidade a partir de energia solar. A chamada insolação é uma medida do rendimento do painel — por cada kWp pico instalado, quantos kWh são produzidos num ano. Este valor depende de vários fatores controláveis como a orientação do painel em relação ao Sol e o material com que o painel é feito. O número de horas de sol por dia é um fator bastante importante e não se pode controlar.
Capacidade instalada de potência fotovoltaica no fim de 2007
País ou região****Fora da rede (MWp)Ligado à rede (MWp)Total (MWp)Wp/capita
Total
Preço
/Wp
kW·h/kWp·yr
Insolação
Incentivo
cêntimos/kW·h
Mundo2007
Total
127,9
662,3
2130
7178
2258
7841
2,5–11,2800–29020–65
 Alemanha[3][4]2007351100113546.84,0–5.31,000–1,300[5]51,8–56,8
Total3538273862
 Japão[4][6]20071,562208,8210,4152,961200–1600terminou em 2005
Total90,1518291919
 Estados Unidos[4][7]200755151,5206,52,82,98900–2150[5]1,2–31,04
Total325505,5830,5
 Espanha[4]20072249051215,13,0–4,51600–220018,38–44,04
Total29,8625,2655
 Itália[4][8]20070,369,970,22,13,2–3,61400–220036,0–49,0
Total13,1107,1120,2
 Austrália[4][9]20075,916,2812,194,14,5–5,41450–2902[10]0–26,4
Total66,4516,0482,49
 Coreia do Sul[4][11]2007042,8742,871,63,50–3,841500–160056,5–59,3
Total594371,6677,60
 França[4][12]20070,99330,3131,301,23,2–5,11100–200030,0–55,0
Total22,5552,6875,23
 Países Baixos[4][13]20070,5821,0231,6053.33,3–4,51000–12001,21–9,7
Total5,34853,3
 Suíça[4][14]20070,26,36,54,93,18–3,301200–20009,53–50,8
Total3,632,636,2
 Áustria[4]20070,0552,0612,1163.43,6–4,31200–2000
Total3,22424,4827,70
 Canadá[4][15]20073,8881,4035,2910.83,76900–17500–29,48
Total22,862,91125,78
 México[4]20070,8690,151,0190.25,44–6,421700–2600Não tem
Total20,450,320,75
 Reino Unido[4][16]20070,163,653,810.33.67–5,72900–13000–11,74
Total1,4716,6218,09
 Portugal[17]20070,214,2514,451.76,3-11,4[18]1600–220065[19]
Total2,84115,0317,87

[editar]Grandes instalações solares

Central Fotovoltaica Hércules em Moura.
O número e dimensão das centrais solares fotovoltaicas têm aumentado substancialmente nos últimos anos, especialmente na Espanha, onde localizam 40 das 50 maiores centrais. [20]
As maiores instalações solares do mundo[20]
PosiçãoPotência de PicoDCLocalizaçãoDescriçãoEnergia produzida
169,6 MWPuertollano,Espanha[21]400 000 módulosconsumo de 39 000 lares
260 MWOlmedilla, Espanha[22]270 000 módulos85 GWh/ano
346,4 MWAmarelejaPortugal[23]262 080 módulos93 GWh/ano
440 MWBrandis, Alemanha[24]550 000 módulos (em construção)40 GWh/ano
534 MWArnedo, Espanha[25]172 000 módulos44 GWh/ano

[editar]Aplicações dos Painéis Solares

[editar]Aplicações de baixa-potência

Uma "árvore" fotovoltaica na Áustria.
Os painéis solares contribuem ainda muito pouco para a produção mundial elétrica, o que atualmente se deve ao custo por watt ser cerca de dez vezes maior que o dos combustíveis fósseis.[carece de fontes] Tornaram-se rotina em algumas aplicações, tais como as baterias de suporte, alimentação de boias, antenas, dispositivos em estradas ou desertos, crescentemente em parquímetros e semáforos, e de forma experimental são usados para alimentar automóveis em corridas como a World Solar Challenge através da Austrália. Programas em larga escala, oferecendo redução de impostos e incentivos, têm rapidamente surgido em vários países, entre eles a AlemanhaJapãoEstados Unidos e Portugal.[carece de fontes]

[editar]Painéis solares no espaço

Visão da Estação Espacial Internacional e seus painéis solares.
Provavelmente o uso mais bem sucedido de painéis solares é em veículos espaciais, incluindo a maioria das naves que orbitam a Terra e Marte, e naves viajando rumo a regiões mais internas do sistema solar[26] Nas regiões mais afastadas do Sol, a luz é muito fraca para produzir energia o suficiente e, por isso, são utilizados geradores termoelétricos de radioisótopos .
Alguns pesquisadores estão a desenvolver satélites de energia solar: plantas solares espaciais — satélites com um grande número de células fotovoltaicas que iriam enviar a energia captada para a Terra usando microondas ou lasers.[27] As agências espaciais Japonesa e Europeia têm anunciado plano de desenvolver este tipo de plantas no primeiro quartel doséculo XXI[carece de fontes]
Ao contrário dos foguetes químicos, que são impulsionados por uma reação química no propelente, usando os gases de exaustão como massa de reação, alguns métodos de propulsão de naves espaciais têm uma forma de expelir a massa da reação alimentados por eletricidade. Utilizando energia solar ou energia nuclear, esses métodos possuem um impulso específico. A quantidade de massa necessária para a reaçãocresce exponencialmente com o aumento da velocidade a ser produzida, porém reduzidamente se o impulso é alto (mas o impulso não deve ser muito alto porque a energia necessária é proporcional para um impulso específico maior). Com a energia solar, a aceleração que pode ser produzida é muito baixa (baixa para um lançamento), mas de muito maior duração. Os tempos de queima são meses ao invés de minutos, o que significa que há mais trabalho desenvolvido com menos massa ejectada.[28]
As naves espaciais são construídas de modo a que os painéis solares possam orientar-se independentemente do movimento da nave. Assim se consegue optimizar a produção de energia orientando o painel na direção da luz, não importando para onde a nave esteja apontando.
Atualmente, a energia solar, além de usada para propulsão, tem sido utilizada em satélites artificiais que orbitam outros planeta s. Como exemplo, as sondas Magellan em órbita de Vénus,[29] e a Mars Global Surveyor, de Marte[30] fazem uso da energia solar, da mesma forma que muitos artefatos que orbitam a Terra, como o Telescópio Espacial Hubble. Para missões futuras, é desejável reduzir a massa dos painéis solares e aumentar a potência gerada por unidade de área. Isto reduzirá a massa total da nave, e possibilitará operações a distâncias maiores do Sol. A sonda espacialRosetta, lançada em 2 de março de 2004, usará painéis solares nas proximidades de Júpiter (5,25 UA); anteriormente, o uso mais distante de painéis solares foi com a espaçonave Stardust, à distância de 2 UA.[26]

A massa dos painéis solares pode ser reduzida utilizando células fotovoltaicas solares de filme fino, feitas de substratos flexíveis. A eficiência pode ser aumentada utilizando novos materiais e concentradores solares que intensificam a luz incidente.
Concentradores fotovoltaicos são dispositivos que intensificam a luz solar nas células. Utilizam lentes planas, chamadas de lentes de Fresnel, que capturam uma grande área da luz do Sol e a concentram num ponto menor. O mesmo princípio é utilizado para gerar fogo com uma lupa num dia soalheiro. Os concentradores solares colocam uma dessas lentes em cada célula solar. Isto focaliza a luz do grande concentrador numa área de célula menor, permitindo que a quantidade de células solares seja reduzida pelo aumento da concentração da luz, reduzindo assim os custos. Os concentradores funcionam melhor quando existe apenas uma fonte de luz e o concentrador pode ser apontado diretamente para ela. Isto é o ideal no espaço, onde o Sol é a única fonte de luz. As células solares são a parte mais cara dos painéis solares, e esses geralmente são uma parte cara das espaçonaves. Esta tecnologia permite que os custos sejam cortados significativamente devido à utilização de menos material pesado. Ao contrário das aplicações em terra nos pontos fixos, geralmente é preferível gastar mais dinheiro numa tecnologia que produza mais energia para um menor peso, isto porque os custos de lançamento são elevadíssimos. Atualmente (2007), paga-se mais para tirar um material da influência gravítica terrestre, do que o seu próprio custo, mesmo que este material consista em metais preciosos.

Referências

  1. ↑ a b c http://www.ceeeta.pt/downloads/pdf/Solar.pdf
  2. ↑ a b HowStuffWorks - Introdução às baterias solares. Página visitada em 4 de Novembro de 2009.
  3.  Dr. Wissing, Lothar; Jülich, Forschungszentrum & Jülich, Projektträger. (May 2007). "National Survey Report of PV Power Applications in Germany 2006 - Version 2" (PDF). IEA - PVPS Programme - NSRs for Germany.
  4. ↑ a b Sherwood, Larry; Les Nelson, Fred Morse, Jeff Wolfe, Chris O’Brien. (2006). "US Solar Industry - Year In Review - 2006" (PDF). Solar Energy Industries Association (SEIA) & The Prometheus Institute for Sustainable Development.
  5.  Ikki, Osamu; Matsubara, Koji. (2007-05-25). "National Survey Report of PV Power Applications in Japan 2006" (PDF).IEA - PVPS Programme - NSRs for Japan.
  6.  Pedigo, Susannah; Maycock, Paul D. & Bower, Ward. (2007-08-30). "National Survey Report of PV Power Applications in The United States Of America 2006 - Version 14" (PDF). IEA - PVPS Programme - NSRs for The USA.
  7.  Guastella, Salvatore; Castello, Salvatore & Anna De Lillo. (May 2007). "National Survey Report of PV Power Applications in Italy 2006" (PDF). IEA - PVPS Programme - NSRs for Italy.
  8.  Watt, Muriel. (May 2007). "National Survey Report of PV Power Applications in Australia 2006" (PDF). IEA - PVPS Programme - NSRs for Australia.
  9.  Blakers, Andrew W.. (2000). "Solar and Wind Electricity in Australia" (pdf). Australian Journal of Environmental Management, Vol 7, pp 223-236, 2000.
  10.  Yoon, Kyung-Hoon; Kim, Donghwan & Yoon, Kyung Shick. (May 2007). "National Survey Report of PV Power Applications in Korea 2006" (PDF). IEA - PVPS Programme - NSRs for The Republic of Korea.
  11.  Claverie, André; Equer, Bernard. (2007-07-15). "Solar Photovoltaic Electricity Applications in France National Survey Report 2006" (PDF). IEA - PVPS Programme - NSRs for France.
  12.  Swens, Job. (May 2007). "National Survey Report of PV Power Applications in The Netherlands 2006" (PDF). IEA -PVPS Programme - NSRs for The Netherlands.
  13.  Hüsser, Pius; Hostettler, Thomas. (May 2007). "National Survey Report on PV Power Applications in Switzerland 2006" (PDF). IEA - PVPS Programme - NSRs for Switzerland.
  14.  Ayoub, Josef; Martel, Sylvain & Dr. Dignard-Bailey, Lisa. (May 2007). "National Survey Report of PV Power Applications in Canada 2006" (PDF). IEA - PVPS Programme - NSRs for Canada.
  15.  Davidson, Sarah. (2007-October). "National Survey Report of PV Power Applications in the United Kingdom 2006" (PDF). IEA - PVPS Programme - NSRs for The United Kingdom.
  16.  EurObserv'ER, (Includes Some Discredited/Preliminary Sources). (2007-April). "EurObserv’ER - Photovoltaic Energy Barometer" (PDF). Systèmes Solaires - Le Journal des Énergies Renouvelables n° 178: 49–70.
  17.  DGEG - Direcção-Geral de Energia e Geologia. Página visitada em 4 de Novembro de 2009.
  18.  Título não preenchido, favor adicionar.
  19. ↑ a b World's largest photovoltaic power plants (ranking 1-50). Página visitada em 4 de Novembro de 2009.
  20.  ELMUNDO.ES. Página visitada em 4 de Novembro de 2009.
  21.  NOBESOL - Noticias. Página visitada em 04 de Novembro de 2009.
  22.  IOL Diário - Segunda maior central solar do mundo no Alentejo. Página visitada em 4 de Novembro de 2009.
  23.  Título não preenchido, favor adicionar.
  24.  La compañía T-Solar inaugura en Arnedo la mayor central fotovoltaica de Europa. El Correo. Página visitada em 4 de Novembro de 2009.
  25. ↑ a b http://science.nasa.gov/headlines/y2002/08jan_sunshine.htm.
  26.  Usina solar espacial - energia solar dia e noite. Página visitada em 4 de Novembro de 2009.
  27.  ESA Science & Technology: Electric Spacecraft Propulsion. Página visitada em 4 de Novembro de 2009.
  28.  Magellan Mission at a Glance. Página visitada em 4 de Novembro de 2009.
  29.  Mars Global Surveyor. Página visitada em 4 de Novembro de 2009.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Painel_solar