terça-feira, 24 de setembro de 2013

Armazenagem tem maior influência na cadeia de abastecimento

Armazenagem é a atividade logística com maior influência na cadeia de abastecimento.

Muitas empresas ainda contratam serviços logísticos focadas principalmente no preço, sem dar a devida importância ao aspecto sistêmico da logística ou desenvolver um adequado processo de tomada de decisão.

Das atividades logísticas terceirizadas, a armazenagem é a que normalmente é contratada em conjunto com o maior agrupamento de elementos, desde o recebimento e conferência, estoque, separação, consolidação, embalagem, pré-montagem da carga, gerenciamento do transporte (aproveitamento e roteirização), além do transporte propriamente dito.

Um dos motivos deste agrupamento é a posição estratégica da armazenagem no contexto da cadeia de abastecimento –normalmente entre a fabricação e o cliente – como será visto adiante.

Os critérios para avaliação durante o processo de terceirização da armazenagem são aqueles normalmente utilizados em processos semelhantes de outros elementos da logística, ou seja: qualidade do serviço ao cliente, redução dos custos logísticos, dedicação ao negócio, transferência dos investimentos, substituição dos custos fixos por variáveis, melhoria dos controles, absorção de experiência, etc.

Custos típicos de armazenagem
_ Manter inventário (custo financeiro);
_ Área (terreno, construção, infraestrutura,...);
_ Equipamentos de movimentação e estocagem;
_ Mão-de-obra direta e administrativa;
_ Seguros;
_ Sistemas (softwares e hardwares);
_ Risco de obsolescência;
_ Aumento das distâncias a serem percorridas


Principais atividades
A terceirização da armazenagem não pode ser conduzida de forma isolada, assim como o transporte; salvo em casos isolados. Desta forma, sua contratação deve estar atrelada a outras atividades logísticas para possibilitar um processo contínuo, que alcance os objetivos que levaram à terceirização.
Além da armazenagem propriamente dita, dentre as principais atividades agregadas
podemos avaliar :




Planejamento da distribuição
Conforme já foi comentado, além da armazenagem gerar custos relevantes e normalmente não ser contratada isoladamente, ela está posicionada estrategicamente como uma das mais importantes atividades logísticas da cadeia de abastecimento, ou seja, entre a fabricação e o cliente. A armazenagem é um dos fatores mais importantes no planejamento da distribuição, principalmente no que diz respeito ao balanceamento entre os custos de armazenagem (física e financeiro), transporte e nível de serviço ou atendimento ao cliente, o qual, indiretamente, pode ser avaliado como custo de vendas perdidas.




Formas de terceirização
Certamente, a mais antiga e tradicional forma de terceirização da armazenagem é a dos armazéns gerais. Neste caso, trata-se de uma estocagem, por período  determinado, muitas vezes devido à sazonalidade.

Em uma situação intermediária, a armazenagem é terceirizada em todas as etapas compatíveis com o espaço físico que ocupa e de acordo com as atividades descritas no quadro anterior.

A terceirização da armazenagem na condição mais abrangente é descrita na situação onde a mesma é realizada por um operador logístico. Ou seja, desde o recebimento do material da produção (podendo estar embalado, em kits ou não), estocagem, recebimento do pedido, separação, embalagem, roteirização, até expedição e transporte são atividades realizadas pelo operador logístico.

No processo de terceirização da armazenagem, um fator muito importante é a troca de informações entre o contratante e o terceiro, que deverá disponibilizar todas as informações utilizando-se de tecnologia de informação (TI) adequada.

Outro fator importante na terceirização da armazenagem é forma como os serviços serão cobrados, devendo ser detalhados o suficiente (“cost driver”) para possibilitar um adequado controle de custos de ambas as partes.

Conclusão
Conforme o exposto, é essencial uma avaliação nos moldes citados para a terceirização da armazenagem, pois, desde que seja feita adequadamente, ela apresenta ótimos resultados.










Antonio Carlos da Silva Rezende é instrutor e consultor da IMAM



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Movimentação mecanizada de materiais sólidos com segurança

Conheça a maneira mais segura de movimentar materiais sólidos



Os materiais sólidos são, seguramente, a classe de movimentação de materiais que maior risco de acidentes produz, logo é importante examinar as precauções a tomar em função da espécie da carga, da situação dos elementos de sustentação ou deslocamento, ou ação inesperada devido ao aparecimento de um operador na zona de trabalho.

Chapas

O principal meio para movimentação de chapas são as pontes rolantes.
Três métodos são utilizados para esta movimentação:

a) Movimentação de chapas com eletroímãs: é o procedimento aconselhável do ponto de vista econômico, porém não tão aconselhável quanto à segurança. Ao empregar este sistema de transporte temos que ter presente a relação entre espessura e comprimento da chapa, pois em chapas finas e largas pode haver problema de curvatura muito forte, o
que reduz a superfície de contato entre o eletroímã e a chapa. Uma parada brusca é o suficiente para desprender a chapa.

b) O segundo método é o procedimento que emprega pinças ou tenazes apropriadas. É um bom procedimento e seu inconveniente é que para soltar a chapa da pinça é necessário designar um lugar suficiente para o engate e desengate.

c) Ganchos com cabo de aço ou mesmo correntes são recomendados para mover chapas grossas.
Deve-se lembrar que muitas vezes, durante a carga e descarga de chapas sobre caminhões e outros veículos deve-se isolar as pessoas do raio de ação dos meios de elevação e transporte, cercando com cordas e, se necessário, designar uma pessoa para avisar do risco
de perigo. O equipamento de proteção individual para este tipo de movimentação consiste em: luvas apropriadas, sapatos de segurança, capacetes.

Perfis e tubos

Além dos procedimentos anteriores citados para a movimentação de chapas, são muito empregados para o transporte de perfis e tubos, dispositivos especiais ou simplesmente ganchos com correntes. A precaução é de assegurar bem o engate e distribuir bem a
carga ao longo de seu comprimento.
Para o engate e desengate destes materiais, recomenda-se colocar calços de madeira entre cada camada transportada pela ponte rolante ou afim. Recomenda-se os mesmos equipamentos de proteção já citados no item anterior.

Terras, minerais, escórias, etc.

O transporte destes materiais se realiza normalmente em caçambas.
Os cuidados a prever são os mesmos já vistos nos itens anteriores, acrescentando a precaução de evitar que pessoas, ao passar embaixo destas cargas, sejam atingidas pelas quedas de materiais devido ao movimento ou trepidação da caçamba.
Utilizam-se os seguintes equipamentos de proteção: luvas, sapatos e capacetes de segurança e ainda um gancho de mão para desarmar a caçamba, se esta não for automática.

Estruturas metálicas

Quando se trata de mover estruturas metálicas ou pré-fabricadas, deve-se adotar um par de cabos unidos pelos extremos de tal modo que a carga fique centrada em equilíbrio, procurando sempre colocar protetores nos cantos vivos para evitar a dobra e roçamento
do cabo de aço. O restante das condições são as mesmas já expostas nos itens anteriores.

Barris e tambores

Transportar tambores, barris e outros materiais de mesma espécie de acondicionamento ou forma não oferece outro perigo maior que qualquer outro material, e isto se faz com as
devidas precauções. As medidas de proteção são muito parecidas com as da movimentação de tubos, só que não há dispositivos especiais para engate. Outro procedimento seguro é o emprego de redes para mover tambores e barris com gruas ou pontes rolantes. Quando o empilhamento desses materiais se faz de forma horizontal, deve-se evitar o deslizamento. Para isto deve-se calçar os extremos à medida que se retira os barris.
Os EPIs recomendados são luvas, sapatos e capacetes de segurança.



Bobinas de aço, papel e cabos de aço

Quando as bobinas são transportadas por qualquer tipo de empilhadeira, o eixo do cubo deve ficar paralelo à direção do avanço.
Para se elevar bobinas com guindaste ou talha deve-se usar uma corrente ou um cabo com barra separadora preso a um eixo. Nunca se deve elevar uma bobina passando-se a corrente ou o cabo pelo seu eixo central ou ao redor das ripas. Ao movimentar as bobinas, o eixo deve passar por ambos os cubos para que haja equilíbrio de carga. As bobinas cheias devem ser mantidas na posição vertical.
Utilizam-se como equipamentos de prevenção a acidentes luvas, sapatos e capacetes de segurança.

Máquinas e motores

Normalmente as máquinas estão embaladas quando são movidas por pontes-rolantes ou guindastes. Neste caso, procede-se como se fosse uma caixa grande na qual o peso não está
uniformemente repartido. As ações para esta movimentação devem ser tais que a carga, ao ser guindada, esteja em equilíbrio, isto é, os pontos de içamento suportam a carga como se
fosse uma caixa.
Com relação aos motores elétricos, normalmente existe um parafuso olhal fixado na sua carcaça, o que facilita o içamento. Caso ainda esteja dentro da embalagem, o método será o mesmo para as máquinas.

Sucatas de metal

Para mover sucatas com pontes rolantes ou guinchos, podem ser empregados vários procedimentos. Se a sucata for não metálica deve-se empregar caçambas.

Cilindros de gases industriais

Os equipamentos de proteção são luvas, sapatos e capacetes de segurança.
Todos estes equipamentos, assim como a roupa de vestir dos operadores que se
dedicam ao transporte de cilindros de oxigênio, devem permanecer isentas de graxa.

Bombonas e garrafões

As bombonas, de plástico ou de vidro, destinadas ao transporte de ácidos e cáusticos, devem ser movimentadas com cuidado, em decorrência de sua fragilidade e o perigo do conteúdo.
Os métodos de transporte consistem em empregar contentores especiais ou bandejas em que se fixam às bombonas ou garrafões.
Devido ao perigo que existe no caso de ruptura dos meios de transporte ou dos recipientes, é necessário dotar os operadores que transportam estes materiais de roupas protetoras, assim como luvas, sapatos de borracha e capacetes.

Materiais explosivos

Não é adequado o emprego de pontes rolantes para a movimentação de explosivos; mas em casos extraordinários em que há necessidade de realizar estes movimentos, se adaptarão dispositivos de segurança blindados.




quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Movimentação manual de materiais sólidos com segurança






Dicas para a movimentação manual

Confira um apanhado de recomendações que servirá como fonte de consulta para os diversos tipos de materiais a serem movimentados com segurança

As recomendações para movimentação manual incluem materiais sólidos. Nesta edição, as dicas são para os materiais sólidos.

Materiais sólidos

• Chapas de aço

A primeira precaução que devemos tomar é proteger o indivíduo que executa o manuseio, isto é, dotá-lo de luvas apropriadas, botas ou sapatos com perneiras de segurança e capacetes. A segunda
providência é a de prever o peso aproximado da chapa que se deseja movimentar, evitando-se, assim, o que muitas vezes ocorre quando se produz super esforços com consequências de lesões lombares. Ainda, por outras circunstâncias, deslizamentos, pisadas em falso, etc., é necessário que o supervisor, mais habituado ao trabalho, previna os subordinados sobre estes riscos.

Uma das operações mais perigosas é a realizada no momento de levantar ou abaixar uma chapa, quando esta se encontra numa superfície plana, e sem a possibilidade de colocar ou retirar a mão. A lesão é clara; quando apoiamos uma chapa em uma superfície plana, devemos pensar que teremos de mover a mão posteriormente, assim, se prevermos e colocarmos uns calços por baixo, depois será fácil manusearmos, a menos que se empregue uma alavanca no início do movimento para dar espaço para a
penetração da mão. É por isso que o número de acidentes é maior, pois se uma chapa escorregar irá cortar a mão. É motivo também de acidentes a falta de coordenação entre os operadores que  manuseiam uma chapa, tanto ao elevá-la como no depositá-la; por isto é necessário que somente um, dentre os demais, dirija a operação.

• Perfis, tubos etc.

Com respeito a esta classe de materiais, também deve-se tomar como base tudo o que já foi citado no item anterior.
Como causas especiais de acidentesno manuseio de perfis e tubos, pode-se destacar o aprisionamento de mãos e pés entre eles, ao serem retirados ou depositados em um local que não esteja em condições.
Por isso, é muito importante empilhar estes materiais de maneira correta.
Os equipamentos de proteção a empregar são: capacetes de segurança, luvas e sapatos com biqueira de aço.

• Minerais, escórias, terras, etc.

Sendo a pá a ferramenta fundamental para mover este tipo de material, é lógico pensar que os acidentes são originados por esta mesma ferramenta, tais como: mau jeito, ferimentos nas mãos, etc. O melhor meio para eliminar os acidentes ocasionados pelos motivos anteriores é o bom estado destas ferramentas em todas as ocasiões.
O equipamento de proteção individual para este tipo de trabalho consiste em: luvas, capacetes, óculos e, em algumas circunstâncias em que o ambiente é tóxico, máscaras contra as emanações com filtro adequado.

• Madeiras

Os equipamentos de proteção para o movimento de madeira são: luvas, botas e capacetes de segurança. Os acidentes característicos no movimento com estes materiais decorrem de desprendimento de farpas e de mau empilhamento.

• Barris e tambores

O translado desta espécie se faz com a facilidade de que barris e tambores podem ser rolados, tomando uma especial precaução de fazê-lo pelo centro do cilindro, pois se feitos pelos fundos podem originar cortes e esmagamentos das mãos ao passar em portas ou passagens estreitas.
Para depositarmos sobre veículos, tanto os tambores quanto os barris, devem ser rolados sobre planos inclinados, amarrando os extremos com cordas para puxá-los. É aconselhável quando se realiza esta operação, prover o calçamento com cunhas para evitar o deslizamento.
Os equipamentos usados como proteção são: luvas, sapatos e capacetes de segurança.



• Sucatas

As precauções que devemos tomar para o movimento de sucatas são as mesmas das chapas de aço, apenas com maior cuidado, visto que o risco é maior devido às suas arestas irregulares cortantes e deformações.
Empregam-se os seguintes EPIs (equipamentos de proteção individual): luvas, sapatos e capacetes de segurança.

• Sacos cal e cimento

À primeira vista parece que o movimento destes materiais deve reunir condições especiais. A maioria é embalada em sacos, e todo cuidado está em erguer, evitando-se assim os chamados “mau jeitos”.
Entretanto, outras precauções devem ser tomadas quando os mesmos se encontram a granel, onde seu manuseio será feito com pá, e as prescrições de segurançaconsistem em empregar trajes de algodão, luvas de borracha, máscaras apropriadas e sapatos de segurança.

• Materiais de construção

A variedade destes materiais nos leva a aplicar, em cada caso, os mesmos equipamentos de segurança dos outros materiais.

• Bobinas de aço, papel e cabos

A movimentação de bobinas de distintos materiais pode ser comparadaà relacionado com o manuseio
de barris e tambores.

• Máquinas e ferramentas

Assemelha-se em parte ao da movimentação de chapas e perfis estruturais. Porém, aconselha-se a sempre que houver condições de piso a colocação na base de cilindros e rolos, tomando-se a precaução de nunca manobrá-los mudando de direção com as mãos; deve-se usar uma alavanca
ou uma simples barra.

• Chapas de vidro

Apesar de muitas práticas realizadas com diversos tipos de luvas para a movimentação de chapas de
vidros, até o momento nenhuma é suficientemente apropriada, por isso é aconselhável o uso de ventosas.
A falta de precaução ao transportar à mão este material, dá como resultados uma infinidade de acidentes, originados ao bater estes vidros contra as superfícies rígidas, rompendo-se em pedaços e produzindo cortes ou ferimentos nas pernas, mãos e pés.

• Lã de vidro

Este produto reúne características especiais aos operadores que tenham que manuseá-los. Sua fácil
penetração nas partes do vestuário e picadas na pele obriga a empregar, hermeticamente fechados, luvas, óculos, capacetes e máscaras contra pó.

• Explosivos

O manuseio de explosivos em depósitos ou centros de distribuição deverá ser feito por pessoas especializadase devidamente autorizadas.
Detonadores, por exemplo, deverão ser transportados em cartucheiras de couro de fecho eficaz,
acondicionadas de tal forma que não possam ser produzidos choques entre elas, e as dinamites, em sacos ou mochilas de capacidade de 15 kg, caso não sejam transportadas em sua embalagem
original de fábrica.
A abertura de caixas que contenham explosivos e a ou distribuição destes não poderá ser feita em qualquer local, e será necessário utilizar câmaras de distribuição. Na abertura das caixas não deverão ser utilizadas ferramentas metálicas ou outras capazes de produzir faíscas.
Estas operações devem ser realizadas por pessoas de competência comprovada e devidamente autorizadas.
É terminantemente proibido fumar ou empregar lâmpadas de chama aberta durante a movimentação
de explosivos; se for necessário utilizar lâmpadas estas deverão ter o foco protegido.



segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Cuidados na movimentação de materiais líquidos e gasosos

Utilize as dicas a seguir para movimentar com segurança materiais líquidos e gasosos

Materiais em estado “líquido”
Quanto se avalia a movimentação de materiais em estado líquido, merecem destaque os meios que contenham ácidos e líquidos inflamáveis.

Atualmente tem-se intensificado o emprego do plástico para acondicionar ácidos ou líquidos inflamáveis. Com isso, certamente, foi eliminado um razoável percentual de acidentes devido ao manuseio destes materiais; primeiro por haver eliminado a fragilidade do vidro e, segundo, porque os recipientes atuais
são de forma mais funcional, e portanto, torna-se mais fácil o transporte.

De qualquer maneira, ainda é preciso prever uma série de precauções especiais quando se manuseia estes líquidos. Sabe-se que alguns ácidos são mais ativos do que outros; portanto, é evidente que as precauções a serem tomadas nos primeiros são muito maiores do que nos segundos.

As pessoas que transportam ou manipulam ácidos estão expostas aos mais diversos tipos de acidentes com açõesgeneralizadas, por exemplo devido ao contato da pele com a substância corrosiva, com consequências de salpicaduras provocando reações violentas.

Devem ser extremos as precauções e cuidados antes de mover uma bombona. Deve-se assegurar de que ela esteja bem tampada e que as superfícies por onde ela tenha que ser pega estejam limpas de
ácidos ou cáusticos, evitando-se, assim,uma frequente causa de acidentes.

Também se produzem muitos acidentes nas operações de transferir o conteúdo de um recipiente para outro contendo ácido. O motivo destes acidentes está, geralmente, no procedimento inadequado
de realizar a operação, derramando simplesmente de uma vasilha para outra.

Na figura 1 indicam-se alguns dos métodos mais seguros de transferir um 1íquido perigoso de um recipiente para outro.


Figura 1 Maneiras de se transferir ácidos em garrafões

Quanto se avalia a movimentação de materiais em estado líquido, merecem destaque os meios que contenham ácidos e líquidos inflamáveis

Como medida preventiva de efeito geral, recomenda-se não fumar nas imediações de pessoas que estão lidando com inflamáveis, assim como não acender qualquer classe de fogo.

Os recipientes que contenham líquidos inflamáveis e as estanterias onde se encontram devem ser aterrados. O recipiente portátil deve ser ligado à borda do outro recipiente, por meio de um cabo elétrico flexível com clip, durante o enchimento.

Esta medida torna-se necessária, como medida de prevenção aos efeitos da eletricidade eletrostática, causados pelo movimento do próprio 1íquido contra as paredes do recipiente.

Os equipamentos de proteção a empregar para estes tipos de serviços são: luvas e sapatos de  borracha, óculos, trajes antiácidos e capacetes de segurança.

Quanto à movimentação e transporte de 1íquidos inflamáveis, como gasolina, benzol, etc., deve-se tomar um cuidado muito grande também, pois estes oferecem perigo de igual ou maior proporção, uma vez que, além de reagentes contra a pele, são inflamáveis.


Materiais em estado “gasoso”

Os tipos mais comuns de materiais gasosos manuseados na indústria são os denominados gases comprimidos. Os recipientes cilíndricos de aço contendo gases comprimidos, tais como oxigênio,
acetileno, hidrogênio, butano e outros, são cada vez mais utilizados.

O movimento manual de cilindros de gases comprimidos exige precauções maiores que o resto das cargas até agora tratadas, uma vez que um manuseio inadequado pode gerar verdadeiras catástrofes.

A válvula de segurança dos cilindros é a parte mais delicada e deve ser tratada com todo cuidado para evitar quaisquer deteriorações. Deve estar protegida por um tampão metálico resistente e sempre que se deixa de utilizar uma garrafa, deve colocar-se o tampão, mesmo quando vazia. Nunca se deve engordurar a válvula ou tocar-lhe com as mãos ou objetos engordurados.

Ao manusear os cilindros não se deve dar-lhes pancadas, nem qualquer choque, nem deixá-los cair, nem tão pouco rodá-las pelo chão.Transportá-los aos ombros também é perigoso. Com a elevação da
temperatura, há um aumento da pressão interna do gás, logo não é aconselhável deixar os recipientes que contenham gases expostos ao calor solar, de fornos, caldeiras de metais em fusão.

Ao armazená-los deve-se proceder de modo que o cilindro fique sempre direito. A estocagem deve ser feita em locais secos e ventilados, bastante frescos e afastados de condutos de vapor, água quente e eletricidade.

Amarre os cilindros às colunas ou paredes por meio de braçadeiras metálicas ou correntes que impeçam a sua queda, mas que se possam retirar com facilidade para transferi-los em caso de incêndio.

O transporte deve ser feito sempre de modo a não receber pancadas. Se forem transportados à mão, será necessário utilizar dispositivos como os que se encontram na figura 2 (b) e (c).

Para o transporte no mesmo piso, utilize um carrinho de mão feito especialmente para acondicionar um ou dois cilindros. Para elevá-los, usa-se uma plataforma que pode levar quatro tubos em cruz. [vide figura 2 (d)]. Devem ser empregados como equipamentos individuais de proteção, as luvas,sapatos e capacetes de segurança.

Figura 2 Movimentação de gases comprimidos em cilindros.



sábado, 11 de maio de 2013

Alternativas de estocagem inteligente

Conheça opções para trabalhar com seu estoque de forma inteligente

 

Uma vez que a necessidade de projeto de layout para o horizonte de planejamento designado tenha sido finalizada, a equipe de estudos designada para executar a reestruturação da estocagem pode começar a examinar formas alternativas para acomodar grande parte do estoque existente no espaço atual. As oportunidades variam e devem ser
cuidadosamente analisadas.

Estocagem aleatória, profundidade e empilhadeira

Com a estocagem aleatória, um módulo de estocagem vago pode ser imediatamente designado a outro item de estoque, considerando que com locais fixos, o módulo permanecerá vazio até que o próximo lote com o mesmo item seja recebido. Esta flexibilidade na designação de estocagem melhora enormemente a utilização do espaço e
a estocagem aleatória, portanto, é um conceito bem aceito no gerenciamento de espaço contemporâneo.

   O lapso mais comum num projeto é não reconhecer que os layouts são amplamente
ditados pelo perfil de estocagem. Os layouts que não consideram este conceito, raramente terão um mix balanceado de profundidades de módulos. Os sinais de desequilíbrio são: um grande número de módulos de estocagem de profundidade parcialmente utilizada ou um grande número de módulos de profundidade única totalmente ocupados.

   O projeto do layout e o gerenciamento  do espaço é muito mais simples com a estocagem em estruturas porta-paletes do que com o empilhamento em blocagem, onde as perdas de espaço são uma variável persistente (efeito “honeycomb”, colméia). A estocagem em estruturas porta-paletes é, portanto, preferível sempre que a utilização do espaço exequível no empilhamento no chão possa ser igualada, ou ampliada.

   Produzem frequentemente utilizações de espaço mais favoráveis do que somente estocagem em estrutura porta-paletes ou somente blocagem. Em sua forma mais simples, tal combinação possibilita que as posições e a utilização de estrutura porta-palete seja efetiva.

   O empilhamento em bloco (blocagem) sem espaço entre as cargas é uma metodologia
simples e altamente efetiva para aumentar a densidade de estocagem de grandes lotes durante um acúmulo de inventário e irá melhorar enormemente a estabilidade de cargas instáveis. Com esta técnica de estocagem, um acessório de deslocamento lateral numa empilhadeira é utilizado para colocar a carga do palete diretamente contra a carga numa pilha de palete adjacente, eliminando o vão nominal de 20 cm, que é sugerido entre as cargas.


   A economia gerada a partir da substituição de uma empilhadeira convencional
para uma empilhadeira de corredor estreito. Empilhadeiras trilaterais guiadas
no corredor poderiam ser utilizadas para a estocagem de estrutura porta-paletes
de profundidade única e as empilhadeiras contra-balanceadas poderiam ser
utilizadas para empilhamento em blocagem e para transporte horizontal de e
para as áreas de espera. Pense melhor nesas oportunidades quando avaliar suas
estratégias de estocagem.



terça-feira, 23 de abril de 2013

Reduza os custos de transporte



A necessidade de descobrir novas formas de otimização dos processos da cadeia de suprimentos é um grande desafio

A manutenção da vantagem competitiva no ambiente de negócios requer a melhoria contínua dos processos e a redução dos custos. Muitas empresas focam no transporte - que é um dos custos mais relevantes da logística - num esforço de controlar os custos da cadeia de suprimentos e ajudar a garantir embarques no prazo.

Entretanto, o gerenciamento eficaz do transporte tornou-se mais complexo devido ao aumento dos custos, além da falta de capacidade no transporte com caminhões que levou a um ambiente em que as empresas têm que obter o “serviço a qualquer custo”; falta de motoristas capacitados no setor de transporte; pressões crescentes no serviço ao cliente e mudanças dos regulamentos e, mais recentemente, a preocupação com a eventual limitação de horas de trabalho dos motoristas.

Dadas estas tendências, as empresas envolvidas na distribuição muitas vezes procuram um TMS (“transportation management system”, sistema de gerenciamento de transporte) para automatização dos processos e redução dos custos associados.

Não existe uma solução para tudo

A quantia gasta por uma empresa anualmente no transporte determina o tipo de sistema necessário, bem como a economia esperada. As reduções estimadas descritas adiante variam por empresa dependendo de como o sistema TMS é aplicado dentro do seu ambiente particular. Nem todas as empresas, necessariamente, atingem as reduções estimadas nas seguintes áreas:

1 Gerenciamento de contratos: (redução estimada de 10% no custo administrativo)
O gerenciamento dos contratos dá a capacidade de registrar de forma acurada todos os contratos dos prestadores de serviços de transporte em um arquivo único e centralizado, além de acessar e incorporar facilmente os preços atualizados. Essa ferramenta também é uma função administrativa com a qual a acurácia apresenta resultados positivos. A manutenção dos preços acurados evita erros muito caros nos processos subsequentes desde a seleção da transportadora até o pagamento do frete. Simples de usar, a administração dos valores dos contratos, com uma sequencia de auditoria completa de todas as atividades, traduz-se na capacidade de calcular de forma acurada os encargos de cada embarque.

A implementação de um novo software de TMS é uma excelente oportunidade de “colocar ordem na casa”. Como um passo neste processo, os contratos de fretes devem ser racionalizados ao longo de toda a base de suas transportadoras. Um formato padronizado dos contratos proporciona a capacidade de negociar e avaliar melhor os resultados das negociações de todas as empresas transportadoras.
O processo de racionalização deve padronizar os preços do transporte de longa distância, o que é possível com o uso de definições comuns da geografia das rotas de tráfego em todos os contratos.

A manutenção rápida e acurada dos valores também é crucial na prevenção de erros. As atualizações dos valores dos contratos devem ser registradas no sistema assim que a negociação das alterações for concluída.

A capacidade de dar entrada nas alterações de preços, que entrarão em vigor numa data futura, é o fator-chave na garantia de que todas as alterações de valores são coletadas e implementadas. A capacidade de manter uma seqüência de auditoria on-line de todas as alterações de preços também é importante para agilizar o processo de revisão dos encargos dos fretes e determinar a quantia correta dos embarques concluídos.

2 Melhores cargas e rotas: (redução estimada de 5 a 17% nas despesas anuais de frete)
No mercado atual, onde dependendo da época faltam equipamentos, a redução dos custos do transporte requer medidas eficientes e não somente a procura de descontos dos provedores de transporte. A criação de um plano de transporte é um modo certo de gerar economia sem causar distúrbios na sua base de transportadoras. À medida que a tecnologia da otimização avança, ela se torna acessível a um mercado
muito mais amplo do que antes. Isto significa que até os embarcadores menores conseguem tirar proveito da economia que ela gera.

No passado, a criação de um plano manual de transporte dependia do conhecimento e experiência individual para combinar os pedidos nos embarques.
Devido à natureza demorada da revisão das muitas combinações potenciais de pedidos, uma solução
mais simples com base na generalização sempre foi a preferida. O processo de formação de cargas manual muitas vezes ignora a economia potencial na criação de cargas completas de caminhão com múltiplas paradas.

Além disso, a otimização automatizada pode liberar recursos valiosos do processo demorado de formação e ajuste manual das cargas. Este tempo pode ser gasto nas atividades que agregam valor, tais como a revisão do desempenho das transportadoras e o trabalho pró-ativo em busca de maiores níveis de satisfação do cliente.
A capacidade do sistema TMS de planejar e executar com eficiência uma estratégia de consolidação permite atender à necessidade de transporte econômico exigida por seus clientes e sua empresa.

O planejamento das melhores cargas e rotas, aliado aos preços acurados, permite revisar com rapidez o impacto financeiro de um plano de transporte.
Até nos melhores ambientes, os planos mudam com frequência. Um sistema TMS não só deve permitir enxergar os resultados financeiros de um melhor plano de transporte, mas também deve permitir rever o impacto das mudanças no plano.


3 Seleção do tipo de transporte e da transportadora de menor custo: (redução estimada de 2 a 7% das despesas anuais de frete)

A seleção de uma transportadora de menor custo pode render economia sem afetar o serviço ao cliente. Em geral depende do desempenho histórico da transportadora. O desenvolvimento de uma classificação preço / desempenho das transportadoras é o fator-chave na implementação de um processo eficaz de seleção das transportadoras de menor custo. A base de transportadoras deve ser analisada para cada rota de tráfego principal e desenvolvida uma classificação que expresse claramente a ordem de preferência das transportadoras em cada rota de tráfego.

Na implementação pela primeira vez de um TMS, a classificação do desempenho das transportadoras pode ser totalmente subjetiva. Em qualquer caso, deve ser desenvolvida uma classificação e revisada periodicamente à medida que os dados empíricos do desempenho das transportadoras vão ficando disponíveis. A prática comum nesta área é colocar as transportadoras em categorias Primárias, Secundárias e Reservas e classificar numericamente cada uma dentro das categorias.

Quando uma transportadora de menor custo não é selecionada como a primeira transportadora, é importante que isto seja registrado e os motivos da não-conformidade sejam entendidos.

Outra área de economia potencial e às vezes ignorada é a concorrência em torno dos tipos de transporte para os mesmos embarques. As tradicionais políticas entre os tipos de transporte precisam ser revistas e ajustadas ao ambiente atual. Os embarques não devem mais ser categorizados como simplesmente incorridos em um único tipo de transporte; os múltiplos tipos de transporte devem ser revistos quanto ao custo/desempenho quando os embarques forem em uma “área verde” que necessite de múltiplos tipos de transporte. A abertura do processo de seleção das transportadoras, para tirar proveito das áreas de concorrência  atuais entre os prestadores de serviço, pode ser uma excelente forma de gerar economia em um mercado com capacidade limitada.


4 Execução dos embarques: (redução estimada de 1 a 5% das despesas anuais de frete)

A automação nos procesos de embarque pode gerar economia de várias maneiras. Essa é a área que mais consome tempo do pessoal de gerenciamento de tráfego. A automação do processo de licitação também proporciona redução do tempo gasto com telefonemas e e-mails, além de ajudar a garantir a conformidade da rotina com um programa de seleção de transportadoras de menor custo. Ela também significa que as transportadoras recebem informações completas e acuradas sobre os embarques licitados pela primeira vez a todo o momento.

No passado, o processo de licitação automatizado era limitado às grandes empresas e grandes  transportadoras. Devido à variedade de tecnologias de integração no mercado atualmente, pode ser usada uma metodologia econômica até mesmo pelos menores embarcadores.

Para as transportadoras menores com menos tecnologia, a web oferece a conectividade em tempo real. Quando é selecionada uma transportadora para licitação, o sistema consegue enviar um aviso de licitação por e-mail, direcionando o representante da transportadora à uma página da web para responder ao aviso de licitação.

Esta metodologia simples e confiável pode substituir uma infinidade de telefonemas na tentativa de atingir o representante da transportadora desejada.
Além disso, a transportadora recebe uma comunicação completa e acurada dos detalhes dos embarques sem aquelas conversas demoradas pelo telefone. Isto reduz ainda mais o tempo gasto no telefone e os erros inevitáveis que ele introduz.

Devido à capacidade de se conectar eletronicamente com toda a base de transportadoras, o rastreamento em trânsito pode oferecer visibilidade – muitas vezes antes dos deslizes nos requisitos de serviço ao cliente.
A capacidade de monitoramento do  desempenho da coleta/entrega em cada parada permite a intervenção pró-ativa quando um embarque estiver se desviando do programa.

Em muitos casos, esta visibilidade antecipada das exceções de desempenho permite o aviso pró-ativo ao cliente e a prevenção da imagem de um serviço deficiente ao cliente devido às exceções do processo de “fulfillment” (atendimento de pedidos por telefone ou correio que inclui a separação e envio dos itens). Os aplicativos de TMS nativos da web também oferecem os benefícios de disponibilizar as informações da situação dos pedidos, desde o programa até a entrega, para todas as partes interessadas de sua empresa. O pessoal de vendas e de serviço ao cliente pode ter páginas na web de  auto-atendimento que as permitam consultar facilmente a situação dos pedidos sem aqueles telefonemas
prejudiciais e demorados para o departamento de tráfego.

A capacidade de registrar e acessar de forma acurada o desempenho de toda a cadeia de suprimentos adquiriu um valor maior com base no ambiente atual do transporte. Os encargos das retenções e pausas nas viagens, antes considerados triviais no custo do transporte, hoje podem representar facilmente um elemento significativo.
Somente a capacidade de rastrear estes eventos com acurácia, à medida que forem ocorrendo por local, ajudará você a tomar as medidas adequadas no gerenciamento destes custos. 

5 Melhorias de desempenho: (redução estimada de 1 a 3% das despesas anuais de frete)

A capacidade de gerenciar o desempenho sempre dependeu da capacidade de medi-lo. Num ambiente em ritmo acelerado e com recursos limitados, a medição com frequência  permanece à margem, como se fosse uma atividade muito demorada para se formalizar como processo. Um dos principais benefícios de um sistema TMS é a automação da coleta dos indicadores-chave de desempenho. O sistema registra estes indicadores em tempo real à medida que o processo vai acontecendo.

A capacidade de medir o desempenho pode afetar o foco sólido nas atividades de correção e melhoria. A medição fácil do embarque atrasado para um cliente crítico pode ser o resultado do mau desempenho da transportadora.
Mas, da mesma forma, pode resultar de um fluxo local que tenha baixo desempenho na carga e descarga.
A capacidade de levar estes tipos de eventos da medição subjetiva para um ambiente baseado em fatos proporciona a oportunidade de adotar uma medida corretiva significativa e eficaz.

A alocação acurada dos gastos com os fretes é outra medida de desempenho que um sistema TMS pode oferecer. A capacidade de entender os detalhes dos custo das regiões de atendimento e dos clientes específicos pode gerar melhores decisões. Esse entendimento leva à melhoria do projeto das redes de distribuição.








domingo, 7 de abril de 2013

Comparação: empilhadeiras, rebocadores, AGVs, etc



QUANTO CUSTA PERCORRER?

Empilhadeira, transpalete, AGV ou rebocador: qual a melhor distância para cada um? Saiba calcular o custo para escolher o mais adequado.

Cinco veículos: qual o mais barato no deslocamento?
Especificações básicas dos equipamentos avaliados:
• Empilhadeira elétrica de mastro retrátil com capacidade nominal de 2 t (R$ 95.000,00):
• Velocidade de translação = 200 m/min, elevação do garfo até 10 m e corredor de 2,80 m;

• Empilhadeira a combustão contrabalançada com capacidade nominal de 2 t (R$ 75.000,00):
• Velocidade de translação = 220 m/min, elevação do garfo até 5 m e corredor de 4,10 m;

• AGV (“automated guided vehicle”, veículo automaticamente guiado) para dois paletes de 1 t (R$ 160.000,00):
• Velocidade de translação = 220 m/min e corredor de 3 m;

• Rebocador a combustão com capacidade para 4 t (R$ 63.000,00 + R$ 15.000 por reboque x 6):
• Velocidade de translação = 200 m/min;

• Transpalete manual com capacidade para 1 t (R$ 950,00):
• Velocidade de translação = 70 m/min.

atualmente existe grande oferta de tipos de equipamentos de movimentação de materiais, e os problemas nas fábricas e centros de distribuição têm inúmeras variáveis, principalmente devido à diversidade das operações e ao fato de as instalações estarem cada vez maiores. Com isso, os gestores têm a seguinte dúvida: qual é o melhor equipamento?
Para facilitar a comparação criamos um cenário e limitamos a análise a alguns modelos mais comuns, com as suas características principais, a partir das quais será possível extrapolar o estudo para outras situações:

Premissas utilizadas nos cálculos
Cargas paletizadas • com 1m x 1,20 m x 1,20 m de altura e até 1.000 kg;
• A operação tem um ritmo médio de movimentações e não necessita de equipamentos de reserva. As velocidades indicadas no box representam médias dos equipamentos com carga e sem carga, sendo que nos cálculos foram consideradas aceleração, desaceleração e manobras que representam uma perda de aproximadamente 20%, além dos limites impostos pela segurança das empresas;
• Dois turnos com 14 horas trabalhadas, taxa de ocupação dos equipamentos = 60%, e 40% em translação;
• Os valores em reais servem como referência para efeito de comparação, considerando os diversos
modelos, fabricantes e origens (países e moedas), sujeitos a variações (para + e para -) de até 20%;

• Depreciação linear (valor de aquisição – residual) em 36 meses, e custo de oportunidade = 0,7% am;
• Duas baterias para atender dois turnos, e o valor das instalações é estimado, pois varia muito para cada empresa;
• Definiram-se as distâncias a percorrer (ida até 120 m), pé-direito, resistência e acabamento  superficial do piso, elevação do garfo (até 5 m) e piso adequado tanto para equipamentos a combustão quanto elétricos; Foram utilizadas planilhas de custos conforme o exemplo, calculados os custos de deslocamento por metro por palete e obtidos os seguintes valores (R$/m/palete):
• Empilhadeira elétrica de mastro retrátil: R$ 0,00491;
• Empilhadeira contrapeso a combustão: R$ 0,00380;
• AGV: R$ 0,0036 + R$ 0,05 de custo fixo para a operação de carga e descarga;
• Transpalete elétrico: R$ 0,00308; e transpalete manual: R$ 0,00279
• Rebocador a combustão: R$ 0,00165 + R$ 0,05 de custo fixo para as operações de carga e descarga.



Avaliação e comparação
Os valores calculados resultaram no gráfico abaixo, a partir do qual pode-se concluir:
• Os valores e soluções não devem ser copiados, e sim criados e analisados modelos específicos  para apoiar a tomada de decisão a partir do desenvolvimento de cenários conhecidos;
• Comparando-se simplesmente o custo por metro linear da empilhadeira contrapeso a combustão com a elétrica, poderia se concluir que uma é melhor que a outra, porém para uma avaliação definitiva deve-se também considerar a largura do corredor e a elevação do garfo que, no caso da empilhadeira elétrica, pode implicar redução de investimento para a construção ou aluguel do armazém. O que deve prevalecer é o valor total;
• No caso do AGV, apesar do custo um pouco mais elevado e de este não ter a mesma agilidade do transpalete elétrico, para algumas operações específicas, como em áreas insalubres, ele pode ser viável. O transpalete elétrico se consolida para armazéns de operações com ritmo médio e intenso para evitar deslocamento de empilhadeiras, principalmente as elétricas, que têm custo maior. O transpalete manual é imbatível para pequenas distâncias;
e
• Os rebocadores são muito competitivos para operações em que o nível de ocupação é elevado e com deslocamentos acima de 70 m, principalmente para transferência entre prédios;
• Utilizar somente empilhadeiras, principalmente aquelas a combustão, que são consideradas “as mais versáteis”, certamente é uma decisão equivocada, pois em inúmeras situações o transpalete e o rebocador são soluções muito mais adequadas e econômicas.


Conclusões
O uso de empilhadeiras para movimentos de translação acima de 30 m deve ser bem avaliado, principalmente para um número de equipamentos maior que três, porque são adequadas para empilhar e não para deslocamentos de translação em médias e grandes distâncias, mesmo porque os deslocamentos podem ser feitos/complementados com menor custo por transpalete manual (até 30 m devido a limites ergonômicos) e transpaletes elétricos (acima de 30 m).
Já o rebocador a combustão (incluindo a empilhadeira para carga e descarga) é viável a partir de 40 m, e é, de longe, a melhor solução para distâncias acima de 60 m.
AVGs  são solução para deslocamento em rota fixa


Fonte: http://www.imam.com.br/consultoria/index.php?option=com_docman&task=doc_details&gid=18&Itemid=13