domingo, 7 de abril de 2013

Comparação: empilhadeiras, rebocadores, AGVs, etc



QUANTO CUSTA PERCORRER?

Empilhadeira, transpalete, AGV ou rebocador: qual a melhor distância para cada um? Saiba calcular o custo para escolher o mais adequado.

Cinco veículos: qual o mais barato no deslocamento?
Especificações básicas dos equipamentos avaliados:
• Empilhadeira elétrica de mastro retrátil com capacidade nominal de 2 t (R$ 95.000,00):
• Velocidade de translação = 200 m/min, elevação do garfo até 10 m e corredor de 2,80 m;

• Empilhadeira a combustão contrabalançada com capacidade nominal de 2 t (R$ 75.000,00):
• Velocidade de translação = 220 m/min, elevação do garfo até 5 m e corredor de 4,10 m;

• AGV (“automated guided vehicle”, veículo automaticamente guiado) para dois paletes de 1 t (R$ 160.000,00):
• Velocidade de translação = 220 m/min e corredor de 3 m;

• Rebocador a combustão com capacidade para 4 t (R$ 63.000,00 + R$ 15.000 por reboque x 6):
• Velocidade de translação = 200 m/min;

• Transpalete manual com capacidade para 1 t (R$ 950,00):
• Velocidade de translação = 70 m/min.

atualmente existe grande oferta de tipos de equipamentos de movimentação de materiais, e os problemas nas fábricas e centros de distribuição têm inúmeras variáveis, principalmente devido à diversidade das operações e ao fato de as instalações estarem cada vez maiores. Com isso, os gestores têm a seguinte dúvida: qual é o melhor equipamento?
Para facilitar a comparação criamos um cenário e limitamos a análise a alguns modelos mais comuns, com as suas características principais, a partir das quais será possível extrapolar o estudo para outras situações:

Premissas utilizadas nos cálculos
Cargas paletizadas • com 1m x 1,20 m x 1,20 m de altura e até 1.000 kg;
• A operação tem um ritmo médio de movimentações e não necessita de equipamentos de reserva. As velocidades indicadas no box representam médias dos equipamentos com carga e sem carga, sendo que nos cálculos foram consideradas aceleração, desaceleração e manobras que representam uma perda de aproximadamente 20%, além dos limites impostos pela segurança das empresas;
• Dois turnos com 14 horas trabalhadas, taxa de ocupação dos equipamentos = 60%, e 40% em translação;
• Os valores em reais servem como referência para efeito de comparação, considerando os diversos
modelos, fabricantes e origens (países e moedas), sujeitos a variações (para + e para -) de até 20%;

• Depreciação linear (valor de aquisição – residual) em 36 meses, e custo de oportunidade = 0,7% am;
• Duas baterias para atender dois turnos, e o valor das instalações é estimado, pois varia muito para cada empresa;
• Definiram-se as distâncias a percorrer (ida até 120 m), pé-direito, resistência e acabamento  superficial do piso, elevação do garfo (até 5 m) e piso adequado tanto para equipamentos a combustão quanto elétricos; Foram utilizadas planilhas de custos conforme o exemplo, calculados os custos de deslocamento por metro por palete e obtidos os seguintes valores (R$/m/palete):
• Empilhadeira elétrica de mastro retrátil: R$ 0,00491;
• Empilhadeira contrapeso a combustão: R$ 0,00380;
• AGV: R$ 0,0036 + R$ 0,05 de custo fixo para a operação de carga e descarga;
• Transpalete elétrico: R$ 0,00308; e transpalete manual: R$ 0,00279
• Rebocador a combustão: R$ 0,00165 + R$ 0,05 de custo fixo para as operações de carga e descarga.



Avaliação e comparação
Os valores calculados resultaram no gráfico abaixo, a partir do qual pode-se concluir:
• Os valores e soluções não devem ser copiados, e sim criados e analisados modelos específicos  para apoiar a tomada de decisão a partir do desenvolvimento de cenários conhecidos;
• Comparando-se simplesmente o custo por metro linear da empilhadeira contrapeso a combustão com a elétrica, poderia se concluir que uma é melhor que a outra, porém para uma avaliação definitiva deve-se também considerar a largura do corredor e a elevação do garfo que, no caso da empilhadeira elétrica, pode implicar redução de investimento para a construção ou aluguel do armazém. O que deve prevalecer é o valor total;
• No caso do AGV, apesar do custo um pouco mais elevado e de este não ter a mesma agilidade do transpalete elétrico, para algumas operações específicas, como em áreas insalubres, ele pode ser viável. O transpalete elétrico se consolida para armazéns de operações com ritmo médio e intenso para evitar deslocamento de empilhadeiras, principalmente as elétricas, que têm custo maior. O transpalete manual é imbatível para pequenas distâncias;
e
• Os rebocadores são muito competitivos para operações em que o nível de ocupação é elevado e com deslocamentos acima de 70 m, principalmente para transferência entre prédios;
• Utilizar somente empilhadeiras, principalmente aquelas a combustão, que são consideradas “as mais versáteis”, certamente é uma decisão equivocada, pois em inúmeras situações o transpalete e o rebocador são soluções muito mais adequadas e econômicas.


Conclusões
O uso de empilhadeiras para movimentos de translação acima de 30 m deve ser bem avaliado, principalmente para um número de equipamentos maior que três, porque são adequadas para empilhar e não para deslocamentos de translação em médias e grandes distâncias, mesmo porque os deslocamentos podem ser feitos/complementados com menor custo por transpalete manual (até 30 m devido a limites ergonômicos) e transpaletes elétricos (acima de 30 m).
Já o rebocador a combustão (incluindo a empilhadeira para carga e descarga) é viável a partir de 40 m, e é, de longe, a melhor solução para distâncias acima de 60 m.
AVGs  são solução para deslocamento em rota fixa


Fonte: http://www.imam.com.br/consultoria/index.php?option=com_docman&task=doc_details&gid=18&Itemid=13


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