QUANTO CUSTA PERCORRER?
Empilhadeira, transpalete, AGV ou
rebocador: qual a melhor distância para cada um? Saiba calcular o custo para
escolher o mais adequado.
Cinco veículos: qual o mais barato no
deslocamento?
Especificações básicas dos equipamentos avaliados:
• Empilhadeira elétrica de mastro retrátil com
capacidade nominal de 2 t (R$ 95.000,00):
• Velocidade de translação = 200 m/min, elevação do
garfo até 10 m e corredor de 2,80 m;
• Empilhadeira a combustão contrabalançada com
capacidade nominal de 2 t (R$ 75.000,00):
• Velocidade de translação = 220 m/min, elevação do
garfo até 5 m e corredor de 4,10 m;
• AGV (“automated guided vehicle”, veículo
automaticamente guiado) para dois paletes de 1 t (R$ 160.000,00):
• Velocidade de translação = 220 m/min e corredor de 3
m;
• Rebocador a combustão com capacidade para 4 t (R$
63.000,00 + R$ 15.000 por reboque x 6):
• Velocidade de translação = 200 m/min;
• Transpalete manual com capacidade para 1 t (R$
950,00):
• Velocidade de translação = 70 m/min.
atualmente existe grande oferta de tipos de
equipamentos de movimentação de materiais, e os problemas nas fábricas e
centros de distribuição têm inúmeras variáveis, principalmente devido à
diversidade das operações e ao fato de as instalações estarem cada vez maiores.
Com isso, os gestores têm a seguinte dúvida: qual é o melhor equipamento?
Para facilitar a comparação criamos um cenário e
limitamos a análise a alguns modelos mais comuns, com as suas características
principais, a partir das quais será possível extrapolar o estudo para outras situações:
Premissas utilizadas nos cálculos
Cargas paletizadas • com 1m x 1,20 m x 1,20 m de
altura e até 1.000 kg;
• A operação tem um ritmo médio de movimentações e não
necessita de equipamentos de reserva. As velocidades indicadas no box
representam médias dos equipamentos com carga e sem carga, sendo que nos
cálculos foram consideradas aceleração, desaceleração e manobras que
representam uma perda de aproximadamente 20%, além dos limites impostos pela
segurança das empresas;
• Dois turnos com 14 horas trabalhadas, taxa de
ocupação dos equipamentos = 60%, e 40% em translação;
• Os valores em reais servem como referência para
efeito de comparação, considerando os diversos
modelos, fabricantes e origens (países e moedas),
sujeitos a variações (para + e para -) de até 20%;
• Depreciação linear (valor de aquisição – residual)
em 36 meses, e custo de oportunidade = 0,7% am;
• Duas baterias para atender dois turnos, e o valor
das instalações é estimado, pois varia muito para cada empresa;
• Definiram-se as distâncias a percorrer (ida até 120
m), pé-direito, resistência e acabamento superficial do piso, elevação do garfo (até 5
m) e piso adequado tanto para equipamentos a combustão quanto elétricos; Foram utilizadas planilhas
de custos conforme o exemplo, calculados os custos de deslocamento por metro
por palete e obtidos os seguintes valores (R$/m/palete):
• Empilhadeira elétrica de mastro retrátil: R$
0,00491;
• Empilhadeira contrapeso a combustão: R$ 0,00380;
• AGV: R$ 0,0036 + R$ 0,05 de custo fixo para a
operação de carga e descarga;
• Transpalete elétrico: R$ 0,00308; e transpalete
manual: R$ 0,00279
• Rebocador a combustão: R$ 0,00165 + R$ 0,05 de custo
fixo para as operações de carga e descarga.
Avaliação e comparação
Os valores calculados resultaram no gráfico abaixo, a
partir do qual pode-se concluir:
• Os valores e soluções não devem ser copiados, e sim
criados e analisados modelos específicos para apoiar a tomada de decisão a partir do
desenvolvimento de cenários conhecidos;
• Comparando-se simplesmente o custo por metro linear
da empilhadeira contrapeso a combustão com a elétrica, poderia se concluir que uma é melhor
que a outra, porém para uma avaliação definitiva deve-se também considerar a
largura do corredor e a elevação do garfo que, no caso da empilhadeira elétrica,
pode implicar redução de investimento para a construção ou aluguel do armazém.
O que deve prevalecer é o valor total;
• No caso do AGV, apesar do custo um pouco mais
elevado e de este não ter a mesma agilidade do transpalete elétrico, para
algumas operações específicas, como em áreas insalubres, ele pode ser viável. O
transpalete elétrico se consolida para armazéns de operações com ritmo médio e
intenso para evitar deslocamento de empilhadeiras, principalmente as elétricas,
que têm custo maior. O transpalete manual é imbatível para pequenas distâncias;
e
• Os rebocadores são muito competitivos para operações
em que o nível de ocupação é elevado e com deslocamentos acima de 70 m,
principalmente para transferência entre prédios;
• Utilizar somente empilhadeiras, principalmente
aquelas a combustão, que são consideradas “as mais versáteis”, certamente é uma
decisão equivocada, pois em inúmeras situações o transpalete e o rebocador são
soluções muito mais adequadas e econômicas.
Conclusões
O uso de empilhadeiras para movimentos de translação
acima de 30 m deve ser bem avaliado, principalmente para um número de
equipamentos maior que três, porque são adequadas para empilhar e não para
deslocamentos de translação em médias e grandes distâncias, mesmo porque os
deslocamentos podem ser feitos/complementados com menor custo por transpalete
manual (até 30 m devido a limites ergonômicos) e transpaletes elétricos (acima
de 30 m).
Já o rebocador a combustão (incluindo a empilhadeira
para carga e descarga) é viável a partir de 40 m, e é, de longe, a melhor
solução para distâncias acima de 60 m.
AVGs são
solução para deslocamento em rota fixa
Fonte: http://www.imam.com.br/consultoria/index.php?option=com_docman&task=doc_details&gid=18&Itemid=13
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