quarta-feira, 27 de março de 2013

Amarração de cargas


Workshop ensina técnicas para transportar produtos sem que sofram danos.
Cordstrap do Brasi l promoveu seu primeiro Workshop sobre Amarração de Cargas no dia 14 de junho de 2012, no Terminal da Adezan, em São Vicente (SP). O principal produto apresentado durante a exposição foi a cinta Cordlash, atestada pelo Germanischer Lloyd (GL), entidade que oferece certificação internacional dos sistemas de gestão da energia conforme a ISSO 50001:2011. O evento foi conduzido por Marco Muilwijk, diretor técnico de treinamento da Cordstrap Holanda, especialista no  assunto e autor de uma guia técnico sobre as cintas Cordlash (“The Cordlash – Quick Lashing Guide.Intermodal Transport by road, rail and unrestricted sea areas”). 

O palestrante contou com o auxílio de Egídio Melotto, diretor da Cordstrap do Brasil, que fez a tradução durante as explicações do especialista. “Um cabo de aço novo oferece segurança e eficiência de 80% em relação ao reutilizado, que pode ter apenas 30%. Cintas de tecidos oferecem 50% de segurança. Nossa pretensão é produzir, até 2014, um tipo que garanta 70%”, explica Marco Muilwijk. O diretor continuou explicando que, durante o transporte, as cargas perdem a tensão, o que pode tirar sua fixação. O ideal é utilizar a fivela para cargas dinâmicas, que mantém a carga no lugar, pois ela própria se tensiona e exerce pressão suficiente. “Como dizem: ‘a medida que a carreta anda as melancias se acomodam’.
Uma catraca normal exerce de 160 kg a 318 kg de tensão, mas isso depende do braço da alavanca, pois precisa ser o maior possível e manter a carga no lugar. As cintas se parecem com ‘cordas de violino’, se a carga estiver bem estivada”, completa Marco.

Em contrapartida, as fitas de poliéster oferecem vantagens, por serem mais seguras, fáceis de usar, rápidas, terem um sistema de força definida e absorvem o choque. Assim como nos cabos de aço, não se pode dar um nó na cinta, pois ele acaba se rompendo.
A unitização de cargas é um princípio básico da logística, no qual se torna um bloco de caixas, com o objetivo de permitir sua movimentação mecânica. Por isso, optar por uma amarração adequada, contribui para manter todas as cargas como se fossem uma apenas. O especialista recomenda a utilização do airbag, como uma alternativa para manter a carga alinhada e evitar danos. Basta inserí-lo entre as cargas e o coeficiente de atrito é aumentado, deixando a carga “entalada” dentro do contêiner. Temos a força da gravidade (a vontade da carga se mexer), mas o atrito absorve esse movimento e o contêiner, o produto. A madeira, que deve estar sob a carga, precisa ter boa resistência.
O que colabora é a existência do atrito e a cinta completa a segurança da carga. Um forma de amarração que o especialista não recomenda a “Tiedown” (amarração envolvente), por ser método menos eficiente, além de consumir mais elementos de amarração.
Apesar do conceito de que a carga é forçada contra o piso do contêiner, por exemplo, esse tipo de amarração não é o mais seguro.
“Caminhoneiros não estão se preocupando com as formas de amarrar a carga. Em rodovias montanhosas e com muitas curvas, há sérios problemas com as cargas saindo pelos lados. Basta fazer uso de várias opções do sistema de amarração de cargas. Em nosso site www.cordstrap.net, disponibilizamos vídeos demonstrando amarrações mais eficientes. Escolha sempre a opção mais segura”, diz Marco Egídio Melotto, diretor da Cordstrap do Brasil, conta que a Astro Tecnologia fez uma parceria com a Cordstrap BV para criar a joint venture Cordstrap do Brasil. O workshop teve como objetivo transmitir conhecimentos e técnicas de amarração definidas internacionalmente pela ONU (Organização das Nações Unidas) por meio de sua agência especializada IMO (organização marítima internacional).
“A intenção da empresa é transmitir conhecimentos para conquistar clientes.



As técnicas são desenvolvidas, testadas e divulgadas para o usuário. A Adezan tem a mesma filosofia da Cordstrap e aplica a técnicas desenvolvidas. Foram convidadas 35 pessoas, mas 60 participaram.
A repercussão do workshop foi grande e isso significa que as pessoas estão ávidas por conhecimento”, afirma Egídio.
A Adezan surgiu de uma empresa de embalagem, na década de 1980. A empresa continua trabalhando com esse tipo de produto, mas, hoje em dia, atua com estufagem e peação de carga (amarração da carga no contêiner e no flatrack). Atende a clientes no segmento de roupas e vidro, entre outros, em boa parte do território nacional (RS, PR, SC, RJ, MA, ES e SP). Emprega mil colaboradores entre os armazéns e fábricas.

Buscando expandir seus negócios, tem duas fábricas (uma próxima a Rodovia Raposo Tavares e outra em Caçapava, ambas em SP) e três armazéns logísticos (um terminal retroportuário redex em São Vicente – estrategicamente localizado próximo ao porto e fora do fluxo maior do porto - e outros dois em Araçariguama, SP). “Percebemos as necessidades de também consolidar a carga. Já usamos material Cordstrap.
Por isso, apoiamos esse workshop para apresentar o produto e sua aplicação. Se alguma carga cai na estrada e alguém sofre algum acidente, com certeza foi provocador pelo erro de algum profissional de logística.”, declara Osnir Zanardo, gerente operacional da Adezan.

Fonte: http://www.imam.com.br/consultoria/index.php?option=com_docman&task=doc_details&gid=106&Itemid=13


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