Com a preocupação das empresas voltada para o meio ambiente, estão sendo testadas novas alternativas de combustível
Não é novidade que as empre-sas do mundo inteiro estão in-vestindo cada vez mais em so-luções “ambientalmente cor-retas”. Problemas com o meio ambiente, gerados, em sua grande parte, pela intervenção do homem na natureza, estão “obrigando” as companhias a pro-curar métodos de fabricação que poluam menos nosso ecossistema. Aquecimento global, efeito estufa, “El Niño”, entre ou-tros fenômenos naturais, estão forçando uma conscientização ambiental.
Com os custos crescentes dos com-bustíveis fósseis, normas mais rígidas para os gases que causam o efeito estufa e a concorrência global, as empresas estão trabalhando para desenvolver novas tec-nologias e lidar com esses problemas. No setor de empilhadeiras não é diferente.
Com os custos crescentes dos com-bustíveis fósseis, normas mais rígidas para os gases que causam o efeito estufa e a concorrência global, as empresas estão trabalhando para desenvolver novas tec-nologias e lidar com esses problemas. No setor de empilhadeiras não é diferente.
A grande maioria das empilhadeiras vendidas no Brasil é a combustão (aproxi-madamente 70% do total). Elas funcionam queimando gás butano, cujo processo ge-ralmente é uma adaptação feita pelos fa-bricantes de empilhadeiras convertendo o motor a gasolina ou álcool para gás. As empilhadeiras a combustão com gás lique-feito (GLP) ou diesel são utilizadas mais comumente em pátios, docas, portos, etc.
São mais robustas e têm capacidades que podem atingir 70 toneladas.O grande problema desse tipo de em-pilhadeira são os gases emitidos pelo equipamento. “As empilhadeiras com motores que utilizam gás GLP têm maior partici-pação nas movimentações de materiais. A maior vantagem é o menor custo do combustível comparado com outros, mas a desvantagem é que, mesmo com baixo índice de CO2, um motor a combustão polui os ambientes internos de trabalho”, afirma Hugo Nigleo, engenheiro de manu-tenção e assistência técnica da Commat.De olho na tendência mundial, os fa-bricantes desse tipo de empilhadeiras têm procurado alternativas para tornar esse sistema mais sustentável. As empilhadeiras a combustão, hoje, estão com alto nível de sofisticação em seus processos produtivos, principalmente no que diz respeito à redução da emissão de poluentes e menor agres-são ao meio ambiente. “No caso da Toyota,
os motores das máquinas a combustão são desenvolvidos para ser eficientes, gerando alto torque em baixas rotações. Isso garan-te maior confiabilidade, grande economia de combustível, além de baixos níveis de emissão de gases e ruídos”, afirma Roberto Ueda, gerente-geral de vendas.Guilherme Osório, diretor-geral da Movicarga, representante da Nissan, ex-plica que a empresa também desenvolveu uma maneira de tornar suas empilha-deiras movidas a GLP menos poluentes.
“Nossos equipamentos possuem oxicata-lizador (um conjunto cilíndrico metálico que tem internamente um aglomerado de esferas cerâmicas, com metais nobres, responsáveis pela conversão química de gases poluentes em substâncias inofensi-vas) no sistema de exaustão.
A Consigaz, distribuidora de GLP, dis-ponibiliza um sistema que agiliza o rea-bastecimento do combustível da empilhadeira, tornando esse processo mais segu-ro e eficiente. “O sistema Pitstop elimina a necessidade de remoção do cilindro P20 da empilhadeira, pois permite que o rea-bastecimento seja feito no próprio local, o que torna o abastecimento muito mais prático e rápido. Além disso, a empresa oferece cursos teóricos e práticos para o manuseio do sistema”, completa Rafael
Santiago, gerente de marketing.
São mais robustas e têm capacidades que podem atingir 70 toneladas.O grande problema desse tipo de em-pilhadeira são os gases emitidos pelo equipamento. “As empilhadeiras com motores que utilizam gás GLP têm maior partici-pação nas movimentações de materiais. A maior vantagem é o menor custo do combustível comparado com outros, mas a desvantagem é que, mesmo com baixo índice de CO2, um motor a combustão polui os ambientes internos de trabalho”, afirma Hugo Nigleo, engenheiro de manu-tenção e assistência técnica da Commat.De olho na tendência mundial, os fa-bricantes desse tipo de empilhadeiras têm procurado alternativas para tornar esse sistema mais sustentável. As empilhadeiras a combustão, hoje, estão com alto nível de sofisticação em seus processos produtivos, principalmente no que diz respeito à redução da emissão de poluentes e menor agres-são ao meio ambiente. “No caso da Toyota,
os motores das máquinas a combustão são desenvolvidos para ser eficientes, gerando alto torque em baixas rotações. Isso garan-te maior confiabilidade, grande economia de combustível, além de baixos níveis de emissão de gases e ruídos”, afirma Roberto Ueda, gerente-geral de vendas.Guilherme Osório, diretor-geral da Movicarga, representante da Nissan, ex-plica que a empresa também desenvolveu uma maneira de tornar suas empilha-deiras movidas a GLP menos poluentes.
“Nossos equipamentos possuem oxicata-lizador (um conjunto cilíndrico metálico que tem internamente um aglomerado de esferas cerâmicas, com metais nobres, responsáveis pela conversão química de gases poluentes em substâncias inofensi-vas) no sistema de exaustão.
A Consigaz, distribuidora de GLP, dis-ponibiliza um sistema que agiliza o rea-bastecimento do combustível da empilhadeira, tornando esse processo mais segu-ro e eficiente. “O sistema Pitstop elimina a necessidade de remoção do cilindro P20 da empilhadeira, pois permite que o rea-bastecimento seja feito no próprio local, o que torna o abastecimento muito mais prático e rápido. Além disso, a empresa oferece cursos teóricos e práticos para o manuseio do sistema”, completa Rafael
Santiago, gerente de marketing.
Empilhadeiras elétricas
Uma alternativa, que já é bastante comum fora do Brasil, é a utilização de empilhadeiras elétricas, na qual a eletri-cidade é armazenada em baterias que são utilizadas como energia para gerar o movimento dos equipamentos. As empilhadeiras movidas a eletricida-de não poluem os ambientes de trabalho e proporcionam maior economia de espaço interno nos galpões, tanto com relação a dimensões dos corredores quanto ao tra-balho em grandes alturas, se comparadas com empilhadeiras a combustão. Para serviços internos de qualquer produto e, principalmente, nos setores alimentícios ou farmacêuticos, as empilhadeiras elétricas proporcionam excelente ambiente, sem poluição e com muita segurança.
Algumas desvantagens desse tipo de alimentação referem-se ao valor de inves-timento na compra de baterias, que, quan-do usadas em vários turnos, precisam ser trocadas, em alguns casos, até três vezes ao dia e ser recarregadas a cada oito ho-ras. “Essas baterias têm uma vida útil de 1.500 ciclos ou aproximadamente de
quatro a cinco anos se bem cuidadas por pessoal treinado”, diz Hugo Nigleo. Outra desvantagem é o custo mais elevado das peças eletrônicas de controle da empilha-deira, pois esses equipamentos, na sua grande maioria, não devem trabalhar em áreas externas por não terem a parte elé-trica protegida contra a chuva Além de comercializar empilhadeiras elétricas, a Brasil Máquinas, represen-tante da Hyundai no Brasil, tem a preo-cupação com o descarte dos pneus e das baterias tracionárias. “Com a ajuda dos fabricantes, através do desenvolvimento de programas de reaproveitamento do material usado, temos alcançado resul-tados bastante expressivos no que se diz respeito à sustentabilidade”, afirma Ricar-do Spadacci, gerente de empilhadeiras.
Para tornar as empilhadeiras elétricas ainda menos agressivas ao meio ambien-te, as baterias convencionais de chum-bo-ácido podem ser trocadas por uma bateria de íons de lítio (li-ion). Existem diversas vantagens operacionais no uso desse tipo de bateria em relação a uma de
chumbo-ácido. Por exemplo, ela fornece mais energia e pode ser carregada com maior rapidez, além de ter uma vida útil maior do que a de uma bateria convencio-nal, podendo durar duas vezes mais.
As baterias de íons de lítio pratica-mente não requerem manutenção, pois as células não necessitam ser reabastecidas de água, como acontece com as baterias de chumbo-ácido. É necessário menos energia para carregá-las completamente e existe menor perda de energia durante sua carga e descarga. As baterias de íons de lítio são ainda mais fáceis de descartar do que as do tipo convencional, pois não contêm poluentes perigosos, tais como chumbo, mercúrio ou ácido sulfúrico. A Still lançou recentemente um rebocador (CX-T) e uma empilhadeira (RX 20-16) elé-tricos alimentados por uma bateria de íons de lítio, porém ainda não há previsão da chegada desses equipamentos ao Brasil.
Uma alternativa, que já é bastante comum fora do Brasil, é a utilização de empilhadeiras elétricas, na qual a eletri-cidade é armazenada em baterias que são utilizadas como energia para gerar o movimento dos equipamentos. As empilhadeiras movidas a eletricida-de não poluem os ambientes de trabalho e proporcionam maior economia de espaço interno nos galpões, tanto com relação a dimensões dos corredores quanto ao tra-balho em grandes alturas, se comparadas com empilhadeiras a combustão. Para serviços internos de qualquer produto e, principalmente, nos setores alimentícios ou farmacêuticos, as empilhadeiras elétricas proporcionam excelente ambiente, sem poluição e com muita segurança.
Algumas desvantagens desse tipo de alimentação referem-se ao valor de inves-timento na compra de baterias, que, quan-do usadas em vários turnos, precisam ser trocadas, em alguns casos, até três vezes ao dia e ser recarregadas a cada oito ho-ras. “Essas baterias têm uma vida útil de 1.500 ciclos ou aproximadamente de
quatro a cinco anos se bem cuidadas por pessoal treinado”, diz Hugo Nigleo. Outra desvantagem é o custo mais elevado das peças eletrônicas de controle da empilha-deira, pois esses equipamentos, na sua grande maioria, não devem trabalhar em áreas externas por não terem a parte elé-trica protegida contra a chuva Além de comercializar empilhadeiras elétricas, a Brasil Máquinas, represen-tante da Hyundai no Brasil, tem a preo-cupação com o descarte dos pneus e das baterias tracionárias. “Com a ajuda dos fabricantes, através do desenvolvimento de programas de reaproveitamento do material usado, temos alcançado resul-tados bastante expressivos no que se diz respeito à sustentabilidade”, afirma Ricar-do Spadacci, gerente de empilhadeiras.
Para tornar as empilhadeiras elétricas ainda menos agressivas ao meio ambien-te, as baterias convencionais de chum-bo-ácido podem ser trocadas por uma bateria de íons de lítio (li-ion). Existem diversas vantagens operacionais no uso desse tipo de bateria em relação a uma de
chumbo-ácido. Por exemplo, ela fornece mais energia e pode ser carregada com maior rapidez, além de ter uma vida útil maior do que a de uma bateria convencio-nal, podendo durar duas vezes mais.
As baterias de íons de lítio pratica-mente não requerem manutenção, pois as células não necessitam ser reabastecidas de água, como acontece com as baterias de chumbo-ácido. É necessário menos energia para carregá-las completamente e existe menor perda de energia durante sua carga e descarga. As baterias de íons de lítio são ainda mais fáceis de descartar do que as do tipo convencional, pois não contêm poluentes perigosos, tais como chumbo, mercúrio ou ácido sulfúrico. A Still lançou recentemente um rebocador (CX-T) e uma empilhadeira (RX 20-16) elé-tricos alimentados por uma bateria de íons de lítio, porém ainda não há previsão da chegada desses equipamentos ao Brasil.
Empilhadeira híbrida
No exterior, o uso de empilhadeiras híbridas não é tão incomum. Há vários fabricantes que desenvolveram esse tipo de alternativa como solução para as emis-sões de gases nocivos ao ambiente.
A versão híbrida da Toyota utiliza um motor elétrico, e o reabastecimento é rea-lizado pela própria combustão. A tecnolo-gia é a mesma utilizada no Prius, carro hí-brido da marca. Além de consumir menos combustível e emitir menos gases, esse modelo não requer tomada para recarga.
No exterior, o uso de empilhadeiras híbridas não é tão incomum. Há vários fabricantes que desenvolveram esse tipo de alternativa como solução para as emis-sões de gases nocivos ao ambiente.
A versão híbrida da Toyota utiliza um motor elétrico, e o reabastecimento é rea-lizado pela própria combustão. A tecnolo-gia é a mesma utilizada no Prius, carro hí-brido da marca. Além de consumir menos combustível e emitir menos gases, esse modelo não requer tomada para recarga.
No Brasil, a fabricante que comercia-liza a empilhadeira híbrida é a Komatsu.
A marca fabrica empilhadeiras elétricas convencionais que vêm equipadas com dispositivo de frenagem regenerativo. “A corrente regenerativa é recuperada e armazenada na bateria. Porém, em razão da elevada resistência interna da bateria em si, a corrente não pode ser capturada instantaneamente. A maior parcela dessa corrente é descarregada na forma de ca-lor, ficando o percentual de recuperação entre cerca de 2% e 3%”, afirma Charlie Nishimura, gerente de empilhadeiras.
O sistema elétrico híbrido, por sua vez, possui um capacitor como segunda fonte de alimentação, que pode recuperar, armazenar e descarregar a alta corrente produzida. Esse é o primeiro sistema no mundo que reutiliza corrente regenerati-va, eliminando fugas e contribuindo para uma redução ainda maiorl do impacto ambiental. “Além do funcionamento do capacitor, que contribui para a redução de até 20% de consumo da energia, o equipamento híbrido vem equipado com o carregador rápido (1 hora) que elimina o tempo de troca da bateria diária e a ne-cessidade de construir uma ‘sala de bate-rias’”, completa Charlie.
A marca fabrica empilhadeiras elétricas convencionais que vêm equipadas com dispositivo de frenagem regenerativo. “A corrente regenerativa é recuperada e armazenada na bateria. Porém, em razão da elevada resistência interna da bateria em si, a corrente não pode ser capturada instantaneamente. A maior parcela dessa corrente é descarregada na forma de ca-lor, ficando o percentual de recuperação entre cerca de 2% e 3%”, afirma Charlie Nishimura, gerente de empilhadeiras.
O sistema elétrico híbrido, por sua vez, possui um capacitor como segunda fonte de alimentação, que pode recuperar, armazenar e descarregar a alta corrente produzida. Esse é o primeiro sistema no mundo que reutiliza corrente regenerati-va, eliminando fugas e contribuindo para uma redução ainda maiorl do impacto ambiental. “Além do funcionamento do capacitor, que contribui para a redução de até 20% de consumo da energia, o equipamento híbrido vem equipado com o carregador rápido (1 hora) que elimina o tempo de troca da bateria diária e a ne-cessidade de construir uma ‘sala de bate-rias’”, completa Charlie.
A KK Logística, representante exclusi-va das empilhadeiras Komatsu, no Brasil, e a In Haus, empresa especializada em servi-ços logísticos do grupo GPS um projeto de logística mais ecologicamente responsável na petroquímica Braskem. “As empilhadei-ras híbridas da Komatsu estão em operação na Braskem, em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Propusemos para o cliente trocar os equipamentos já existentes por outros que emitissem menos poluentes”, explica José Carlos Storino, diretor da KK Logística
Hidrogênio
A alternativa mais recente que está sendo desenvolvida na área de energia para empilhadeiras, sem dúvida, é a cé-lula de combustível de hidrogênio. Uma bateria a hidrogênio é um dispositivo que converte a energia convencional do hidro-gênio e do oxigênio em energia elétrica, produzindo uma corrente elétrica que é armazenada na bateria. É similar a uma bateria que tem um ânodo e um cátodo.
A alternativa mais recente que está sendo desenvolvida na área de energia para empilhadeiras, sem dúvida, é a cé-lula de combustível de hidrogênio. Uma bateria a hidrogênio é um dispositivo que converte a energia convencional do hidro-gênio e do oxigênio em energia elétrica, produzindo uma corrente elétrica que é armazenada na bateria. É similar a uma bateria que tem um ânodo e um cátodo.
Enquanto uma bateria convencional somente é capaz de armazenar a energia, a de hidrogênio pode gerá-la. Os sistemas de bateria a hidrogênio também têm si-milaridades com um motor a combustão, exceto por poder operar em temperaturas baixas e com menor número de peças. No processo de conversão eletroquímica para criar a eletricidade, os únicos subprodu-tos dessa bateria são a água e o calor.
Células de combustível de hidrogênio oferecem maior produtividade porque po-dem ser reabastecidas em alguns minutos em vez de oito horas, eliminando a neces-sidade de trocar a bateria.
A desvantagem desse tipo de alterna-tiva é o fato de a tecnologia de célula de combustão de hidrogênio ser complexa e cara. Seu alto custo de desenvolvimento é o que está impedindo a produção em mas-sa dessas inovações. Se os preços dos combustíveis fósseis continuarem a cres-cer, como parece ser a tendência, as no-vas tecnologias serão viáveis.
Células de combustível de hidrogênio oferecem maior produtividade porque po-dem ser reabastecidas em alguns minutos em vez de oito horas, eliminando a neces-sidade de trocar a bateria.
A desvantagem desse tipo de alterna-tiva é o fato de a tecnologia de célula de combustão de hidrogênio ser complexa e cara. Seu alto custo de desenvolvimento é o que está impedindo a produção em mas-sa dessas inovações. Se os preços dos combustíveis fósseis continuarem a cres-cer, como parece ser a tendência, as no-vas tecnologias serão viáveis.
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